domingo, março 26, 2006

Sobre o regresso dos Gato Fedorento

(assim muito à pressa porque o resto da vida me anda a atrapalhar a bloguice)

epá... brilhantes. :-)

terça-feira, março 14, 2006

Não que isso seja muito importante, mas...

Diddy (e não Puff Daddy) actua em Portugal pela 1ª vez e é o cabeça de cartaz da 2ª edição do festival Sapo Sound Bits. O festival terá lugar no dia 13 de Abril no Pavilhão 1 da FIL, em Lisboa. Diddy partilhará o palco com nomes como Erick Morillo e Bob Sinclair.

Resultou! Resultou! Resultou!

Ter pensamento positivo resulta: Franz Ferdinand em Portugal a 7 de Junho, o mesmo dia dos Keane.

Acordar com uma notícia destas, no dia seguinte ao incrível concerto do Jack Johnson é mesmo bom. :D

sábado, março 11, 2006

"House, M.D." (2004), David Shore


imagem daqui

Passa na TVI, às quintas-feiras e, até agora, o horário tem sido respeitado, com dois episódios por semana (batam na madeira!).

É uma das séries mais viciantes dos últimos tempos (ou, como disse o The New York Times, "as addictive as Vicodin") e, apesar de seguir sempre a mesma lógica, de episódio para episódio, consegue sempre surpreender (e daí, o CSI também é sempre igual e também surpreende sempre).

Criada por David Shore, a série mostra o dia-a-dia de um hospital centrado na personalidade de um dos seus médicos: o Dr Gregory House (interpretado pelo surpreendente Hugh Laurie que teve nesta série a sua hipótese de brilhar e fazer esquecer alguns dos títulos que constroem o seu CV).

Dr House é um médico absolutamente misógino que apresenta sempre diagnósticos com os quais nenhum médico concorda e que desafia constantemente todas as leis e códigos.

O protagonista desta série não consegue manter um relacionamento social com ninguém, afastando toda a gente e gerando ódios por onde quer que passe. House é o homem que não se insere no quadro em que deveria inserir-se. Isso nota-se nos diálogos, nos eventos e até nos pormenores mais básicos, como o facto de House não se vestir como os outros médicos, dispensando a habitual bata branca.

Acrescente-se à sua dificuldade social uma constante dor física e talvez consigamos compreender um pouco da amargura da personagem, que precisa do auxílio de uma bengala para se mover. House parece reunir todas as condições para ser um péssimo médico mas a verdade é que não o é, sendo que possui um instinto infalível e um profundo conhecimento da sua área. Estas qualidades levam a que os restantes médicos, apesar de desejarem vê-lo pelas costas, sejam obrigados a recorrer à sua capacidade de diagnosticar o que mais ninguém vê.

O humor deste médico é corrosivo, implacável e imediato, misturando situações de um profundo drama com tiradas de absoluta comédia negra.

Esta série já conta com alguns prémios, nomeadamente o Emmy de 2005 na categoria de Outstanding Writing for a Drama Series e o Globo de Ouro para Hugh Laurie, entre outros prémios e nomeações.

Criada em 2004, a série vai na 2ª temporada nos EUA e parece ter material e capacidade para durar ainda bastante mais tempo.

Se ficou alguém por convencer, ajuda muito se eu disser que o Bryan Singer é um dos produtores? Ah, então está bem.

Mais informações, no site da série aqui.

sexta-feira, março 10, 2006

Keane no Festival SBSR 2006



Os britânicos Keane vão regressar a Portugal para uma actuação no próximo Festival Super Bock Super Rock, a 7 de Junho.
Do cartaz constam também nomes como Placebo, Korn, Deftones, Within Temptation e Tool.

Nota: Financeiramente e com tanto concerto, adivinha-se um Junho complicado... *sigh*

Os próximos singles de 'Confessions On A Dancefloor'





'Jump' e 'Get Together'. Esta (excelente) decisão pode vir a sofrer alterações, mas as minhas secret sources raramente me deixam ficar mal... A ver vamos.

segunda-feira, março 06, 2006

Wow



Acho que há vários anos que uma cerimónia dos Óscares não dava tanto que falar (e, a meu ver, por bons motivos). Passámos das habituais cerimónias sem grandes surpresas para uma noite surpreendente em todos os aspectos: na apresentação (hilariante e corrosiva) de Jon Stewart, nos sketches que intervalaram a cerimónia e, claro, nos prémios.

A surpresa da noite foi, é certo, a atribuição da estatueta de melhor filme a Crash, estando toda a gente (e eu própria) a apostar na vitória de Brokeback Mountain. Se por um lado continuo a achar que o filme de Ang Lee merecia esta distinção (e, sinceramente, acho que a decisão da Academia não foi naaaadaaaa inocente... o que é pena), não deixo de ficar satisfeita com o prémio (Crash foi um daqueles filmes que, confesso, tal como o Brokeback, me ficou na cabeça muito tempo e, mais do que isso, tinha sérias qualidades).

Se fico triste, é apenas por achar que Hollywood deixou escapar a hipótese de quebrar um tabu e, tão depressa, não sei se terá tão boa oportunidade de fazê-lo.
Quero com isto dizer que não sei se a vitória de Crash se deveu inteiramente ao seu próprio mérito ou também, em boa parte, ao facto de a Academia não ter sido capaz de distinguir uma história de amor homossexual. E é por isso que lamento, porque Crash não deixa de merecer a distinção mas Brokeback Mountain sem dúvida que era o mais justo dos vencedores.

Se pensarmos bem no todo que foi esta 78ª cerimónia dos Óscares, o prémio a Crash até faz bastante sentido no conjunto total: um conjunto onde se homenageou o rebelde Robert Altman, onde as conotações políticas do host fizeram rir a plateia e onde a música vencedora se intitula "It's hard out there for a pimp". Assim faz sentido!

Fiquei satisfeita com a generalidade dos prémios entregues (é claro que Burton merece sempre qualquer prémio mas pronto...) e espero que a 79ª cerimónia continue na linha daquela a que ontem se assistiu.

Crash no Port Moresby aqui

sábado, março 04, 2006

"Good night and good luck" (2005), George Clooney



O governo de McCarthy dá um grande filme. E um filme que fale do governo de McCarthy e do confronto desse seu poder com o comummente conhecido como "quarto poder" resulta, claro, numa boa narrativa. É essa a linha que
Good night and good luck percorre, a linha que divide os poderes em confronto. O confronto não existe apenas entre os poderes mas dentro dos próprios, com base nas hierarquias neles estabelecidas (o jornalista, o editor, o patrão...).
O contexto é mais do que conhecido, de todos os livros de história, de tantas obras de ficção e não-ficção. O recurso técnico é o do preto e branco para o retrato da década de 50.
Poderiam escrever-se centenas, milhares de linhas sobre a função do cigarro no filme e sobre a sequência publicitária dos cigarros "Kent". Pode falar-se do teleponto, da sua importância como sinal de premeditação, de ausência de espontaneidade e, no limite, de total artificialidade. Podem falar-se de muitas coisas e é sempre um bom sinal quando isso acontece.
Edward R. Murrow era o homem que se despedia sempre dos espectadores da mesma forma (good night and good luck, claro) e que, com Fred Friendly, expôs os "podres" do governo do senador McCarthy. O filme orbita, portanto, à sua volta. Mas não se esgota nessa rotação, levantando uma série de questões importantíssimas e, apesar de um tempo narrativo de há meio século atrás, bastante actuais. Aliás, quem esteja minimamente a par da situação actual portuguesa, nao consegue deixar de ler a palavra "envelope" nas legendas e associá-la imediatamente aos acontecimentos mediáticos mais recentes do nosso país. São os desafios que, de tempos a tempos, o jornalismo coloca à sociedade, no caminho para a sua afirmação, já tão sólida, como o quarto poder.
Clooney recorreu às imagens de arquivo para a construção da personagem de McCarthy (as himself, portanto) e o resultado do filme é uma bela recriação da década de 50, uma época de explosão mediática, a par com o terror do comunismo em que os EUA estavam mergulhados.
O filme tem 6 nomeações para os Oscares (amanhã saberemos quantos (/se) recebe) e, mesmo que não se convertam em estatuetas, há destaques que merecem ser feitos: a realização de Clooney e (estes não foram mesmo nomeados) as interpretações de Robert Downey Jr e David Strathairn.
Uma obra-prima? De certeza que não. Um excelente filme? Também não diria. A ver? Certamente.

Ora... Março, Abril, Maio... falta pouco.



Os Pearl Jam revelaram o alinhamento do novo álbum, a sair no dia 2 de Maio. A partir dessa data estarão, certamente, a tocar neste computador, as seguintes faixas:


Life Wasted
World Wide Suicide
Comatose
Severed Hand
Marker In The Sand
Parachutes
Unemployable
Big Wave
Gone
Wasted Reprise
Army Reserve
Come Back
Inside Job

com o repeat ligado, claro.