Violência balnear
Este post não fala de nenhum filme, de nenhum livro, de nenhum álbum nem pretende dar nenhuma notícia. Pretende dar apenas conta de um fenómeno de que eu e o Pedro Quintino nos apercebemos hoje na praia.
Cometemos o erro de estar no sítio errado (na Costa da Caparica) à hora errada (em pleno mês de Julho) e assumo desde já a responsabilidade por tais falhas. Nós devíamos ter calculado a avalanche de veraneantes abaixo dos 10 anos de idade (afinal também nós andámos na escola primária e íamos à praia com os meninos da escola ou do ATL).
No entanto, reparámos num padrão que não se verificava no nosso tempo: 99.9% das monitoras dessas escolas não têm a mínima vocação para lidar com crianças (e atenção que eu também não tenho mas é por isso mesmo que gosto de estar longe deles).
Essa falta de vocação generalizada dá origem a um fenómeno a que chamámos "violência balnear", no qual se enquadram todos os tipos de abusos verbais (e até alguns físicos) possíveis de se cometer contra um miúdo na praia (muitas vezes indefesos por não terem sequer o seu ancinho à mão). Tudo para aquelas "senhoras" é uma catástrofe e faz dos miúdos um degenerado e um futuro bandido: desde não ter espalhado bem o creme no próprio corpo até não ter acabado o iogurte em tempo recorde, tudo serve para que as "senhoras" exorcizem todos os seus problemas familiares e afins, cuspindo uns insultos à pobre criança, que se limita a olhar para a gigante baleia de fato de banho, muitas vezes com um ar de "sim-tens-razão-não-espalhei-o-creme-meto-nojo-não-devia-ter-nascido".
Os senhores da TVI deveriam desviar um bocadinho a atenção do processo Casa Pia e olhar mais para esta desgraça social que se perpetua ao longo de todo o mês de Julho. Tenho dito.
Nota: é claro que também há boas monitoras (acho eu). Aquelas que não gritam com os filhos dos outros por motivos completamente estúpidos não devem sentir-se alvo da minha raiva.
Cometemos o erro de estar no sítio errado (na Costa da Caparica) à hora errada (em pleno mês de Julho) e assumo desde já a responsabilidade por tais falhas. Nós devíamos ter calculado a avalanche de veraneantes abaixo dos 10 anos de idade (afinal também nós andámos na escola primária e íamos à praia com os meninos da escola ou do ATL).
No entanto, reparámos num padrão que não se verificava no nosso tempo: 99.9% das monitoras dessas escolas não têm a mínima vocação para lidar com crianças (e atenção que eu também não tenho mas é por isso mesmo que gosto de estar longe deles).
Essa falta de vocação generalizada dá origem a um fenómeno a que chamámos "violência balnear", no qual se enquadram todos os tipos de abusos verbais (e até alguns físicos) possíveis de se cometer contra um miúdo na praia (muitas vezes indefesos por não terem sequer o seu ancinho à mão). Tudo para aquelas "senhoras" é uma catástrofe e faz dos miúdos um degenerado e um futuro bandido: desde não ter espalhado bem o creme no próprio corpo até não ter acabado o iogurte em tempo recorde, tudo serve para que as "senhoras" exorcizem todos os seus problemas familiares e afins, cuspindo uns insultos à pobre criança, que se limita a olhar para a gigante baleia de fato de banho, muitas vezes com um ar de "sim-tens-razão-não-espalhei-o-creme-meto-nojo-não-devia-ter-nascido".
Os senhores da TVI deveriam desviar um bocadinho a atenção do processo Casa Pia e olhar mais para esta desgraça social que se perpetua ao longo de todo o mês de Julho. Tenho dito.
Nota: é claro que também há boas monitoras (acho eu). Aquelas que não gritam com os filhos dos outros por motivos completamente estúpidos não devem sentir-se alvo da minha raiva.
publicada por vera @ 7:57 da tarde
3 Comentários:
Verdadeiras simpatias como 'SAI DAQUI, NÃo FALO + CONTIGO' a cerca de 1500 decibéis são um bom exemplo daquilo que podemos escutar destas dementes criaturas. É, verdadeiramente, um fenómeno social que merece ser estudado, aprofundando, documentado, e claro satirizado.
Muuuuuito bom mesmo 'miguxah'.
"OH TIAGO! TÁS ARMADO EM PARVO VAIS JÁ PARA CASA OUVISTES?!"
eu tinha que falar nisto, "miguxuh"! Digo-te já que da próxima vez que estiver para falar mal é mto provável que seja sobre as "pitas fofux@s e migux@s :P:);)" e de toda essa moda de escrever "axim" que tanto nos atormenta.
Ora aí está outro grande flagelo que assola a juventude portuguesa, igualmente merecedora de um bela análise social. Great idea. :)
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