segunda-feira, julho 18, 2005

Sting (re)visita o 'Leitor de Cd's'



Chega o final dos anos '90. Sting atingira um ponto na sua carreira onde, visivelmente, já não era necessário mostrar o seu valor pessoal e artístico: estava de tal modo impregnado na cultura Pop, que parecia não existirem limitações ou impedimentos no seu trabalho. Essa atitude havia já sido tomada em 'Mercury Falling', embora de um modo demasiado sério: tudo aquilo que o seu sucessor, '
Brand New Day', não é. Leve mas efervescente, 'Brand New Day' é só um pedaço no catálogo de Sting, representando não um novo começo (como sugere o título), mas como que uma reminiscência musical aos tempos de 'Nothing Like The Sun'.
A brilhante e minunciosa produção e o próprio estilo musical são uma peça do trabalho de Sting vinda dos anos '80, sendo que é isso que o separa de 'Ten Sumonner's Tales', o seu outro disco assumidamente Pop - isso, e a leveza. Não há mensagens políticas nem temas controversos em 'Brand New Day', apenas música que debate o amor através de histórias, embebidas em verdadeiros momentos inspiracionais. Algo óptimo, diga-se, já que ao manter o disco light, Sting conseguiu fazê-lo consistente e apelativo. Pode não exigir tanto da plateia como algumas outras incursões dos anos '90, mas é um prazer imediato ouvi-lo.
Não trouxe consigo grandes clássicos, mas trouxe 'Desert Rose', 'A Thousand Years', e 'Brand New Day'. Soa um pouco datado, mas é bem orquestrado, melódico e tem um bom sentido de humor - exactamente o tipo de disco que Sting deveria ter feito, agora que embarca na sua terceira década de carreira.

3 Comentários:

Às segunda-feira, julho 18, 2005 10:23:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

O senhor Sting ocupa agora dois lugares aqui: está no leitor de Cds e na cabeceira, com a sua autobiografia (que eu também já tenho mais ainda não comecei a ler). Espero que nos fales também do livro em breve.

 
Às quinta-feira, julho 21, 2005 10:30:00 da manhã , Blogger Hitler disse...

Sting é daquelas coisas que já não vale a pena dizer mais nada, tanto foi o que dissemos aqui em PM. Todos nós gostamos, e quase que vos obrigamos a gostar também. Lol

 
Às segunda-feira, julho 25, 2005 3:52:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Depois do brilhante "Mercury Falling", "Brand New Day" marca o encontro fulminante com o "programador" Kipper, experiência que alteraria significativamente a música de Sting. No primeiro contacto, a quinquilharia foi medianamente utilizada ("Brand New Day" acaba por ser um álbum simpático e tem vários temas interessantes). No segundo não... "Sacred Love", emocionalmente oco (sendo "Inside" a grande excepção), excessivamente formatado, carregado de electrónica desnecessária, é uma das maiores desilusões da música pop da última década.

 

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