A Língua portuguesa
Condição (que já foi) “sine qua non” | ||
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O verbo haver conjugado no plural («Poderão haver alterações na Lei das Rendas»), vírgulas entre o sujeito e o predicado («As notícias da Antena 1, andam nos ouvidos de toda a gente»), erros de ortografia primários (retratar em vez de retractar, a moral trocada sistematicamente pelo moral, vêm em vez de vêem), a regência preposicional dos verbais torpedeada («Nove vilas emergem para a categoria de cidade»), acentuação negligente (“bébé”, «...Portas distanciar-se-à»), desrespeito permanente pelas maiúsculas e minúsculas («estado de direito», «sentido de estado»). Sinais alarmantes de como anda o zelo pela Língua Portuguesa nos ”media”...portugueses.
O desinvestimento dos jornais portugueses em bons serviços de revisão e de copidesques - nos casos onde o cuidado com o que se publica em letra de imprensa roçara níveis de excelência, como houve tempos no “Expresso” e no “Público” - tem trazido à tona erros calamitosos nada abonatórios para os jornais e os jornalistas em geral. Com tal evidência que o assunto foi mesmo tema tratado há quinze dias na coluna do Provedor do Leitor do “Público”.
São erros a mais (e nem vale a pena incluir aqui o que se lê naqueles rodapés das televisões!...) que só vêm chamar a atenção desse défice estrutural na formação das novas gerações de jornalistas. Na Internet, corre regularmente uma lista de barbaridades alegadamente cometidas por jornalistas tanto da escrita como do audiovisual. Independentemente da duvidosa autenticidade de muitos desses disparates - há lá gente referida que, por conhecimento directo, garanto que nunca escreveriam o que lhes é atribuído -, a verdade é que a lista, só por si, é reveladora da apreciação de quem nos lê, ouve e vê.
A propósito: a competência na Língua Portuguesa já não é condição “sine qua non” para quem vem para o jornalismo?...
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