Brokeback Mountain (2005), Ang Lee
Ang Lee já provou por diversas vezes ser não só um bom realizador como um realizador versátil, um storyteller capaz de percorrer vários géneros sempre com enorme qualidade (basta pensar na disparidade existente entre narrativas como Sense and Sensibility, The Ice Storm e Hulk, entre outros). Brokeback Mountain, a sua obra mais recente, é mais uma confirmação de Ang Lee como um dos cineastas mais talentosos e multifacetados do cinema contemporâneo.
Parece-me escusado tentar aqui resumir a narrativa deste filme sobre o qual tanto já foi dito. Ainda assim, não acho que seja demais mencionar as excelentes prestações de Heath Ledger e Jake Gyllenhaal na pele dos cowboys Ennis del Mar e Jack Twist, respectivamente. Este é, sem dúvida, o filme da carreira destes dois actores, pelo menos até à data. Junte-se o belo trabalho dos actores a um excelente argumento (baseado num conto de Annie Proulx, que ganhou em 1994 o Pulitzer para The Shipping News, também levado ao cinema) e a mestria de Ang Lee (com planos geniais) e temos a justificação para as 8 nomeações que a Academia atribuiu ao filme.
A expectativa era grande à volta deste filme, o anunciado gay western que trazia para um género tão fechado elementos que não se julgavam permitidos, e Brokeback Mountain não desilude. É um filme de cowboys mas não se inscreve apenas no género do western; é também um drama e é também um romance. Os diálogos são intensos (e mais intensos ainda os silêncios), a fotografia é excelente (sobretudo nos planos na montanha) e o desenvolvimento das personagens acontece no ritmo certo.
Para além de todo o significado social do filme, e apesar de na maioria das vezes só disso se falar, o filme vale por si mesmo enquanto obra de arte. O segredo de Brokeback Mountain, como resolveram chamar-lhe em português (porquê? Porquê?...) merece todos os óscares e demais prémios que lhe queiram atribuir. E merece ser visto por todos.
18 Comentários:
e merece ser visto segunda vez? Não te esqueças que ainda tens de ir comigo! LOL
Se houvesse tempo... mas não há, não há.
eu axo q vou ver hj e.. can't wait!! =)
**
merece ser visto segunda vez, sim, mas não sei se consigo vê-lo já... não me esqueço do que te disse, dps combinamos! ;)
é bom, bom, bom!
Conto ir ver com a mamã. E, diga-se, depois deste texto a minha curiosidade ficou aguçadissima ehhehehehehe
beijo Vera
Ainda bem. Acho que vais gostar. :)
Há sempre o perigo de o meu entusiasmo dar-vos expectativas demasiado altas mas gostei tanto que não me apeteceu relativizar.
bjs
É uma obra admirável com Ang Lee a demonstrar uma refinada sensibilidade cinematográfica. Imperdível!
Concordo plenamente, francisco. :)
Que bom ver-te ingressar na crítica cinematográfica... :)
Ainda espero ver o filme, Guida, i'm going with you, ok?
lol ;)
fazes bem
beijinhos
E merece ser visto umas quantas vezes :P! Excelente análise :)!
Bjs *************
Ah pois merece. Obrigada, s0lo :)
bjs
ja vi e amei, só.. =)
como não amar, não é pati? :)
Boa análise Vera. Estás convidada a passar pelo meu blog (e já agora mais pessoal :D). Escrevi tal como tu uma crítica ao filme e gostava que deixasses um comentário.
Beijos.
obrigada, Tiago. :)
Já passei por lá.
beijinhos
Destaca-se a fantástica banda sonora de Gustavo Santaolalla. Impressionante.
Very cool design! Useful information. Go on! »
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