domingo, fevereiro 12, 2006

Brokeback Mountain (2005), Ang Lee



Ang Lee já provou por diversas vezes ser não só um bom realizador como um realizador versátil, um storyteller capaz de percorrer vários géneros sempre com enorme qualidade (basta pensar na disparidade existente entre narrativas como Sense and Sensibility, The Ice Storm e Hulk, entre outros). Brokeback Mountain, a sua obra mais recente, é mais uma confirmação de Ang Lee como um dos cineastas mais talentosos e multifacetados do cinema contemporâneo.

Parece-me escusado tentar aqui resumir a narrativa deste filme sobre o qual tanto já foi dito. Ainda assim, não acho que seja demais mencionar as excelentes prestações de Heath Ledger e Jake Gyllenhaal na pele dos cowboys Ennis del Mar e Jack Twist, respectivamente. Este é, sem dúvida, o filme da carreira destes dois actores, pelo menos até à data. Junte-se o belo trabalho dos actores a um excelente argumento (baseado num conto de Annie Proulx, que ganhou em 1994 o Pulitzer para The Shipping News, também levado ao cinema) e a mestria de Ang Lee (com planos geniais) e temos a justificação para as 8 nomeações que a Academia atribuiu ao filme.

A expectativa era grande à volta deste filme, o anunciado gay western que trazia para um género tão fechado elementos que não se julgavam permitidos, e Brokeback Mountain não desilude. É um filme de cowboys mas não se inscreve apenas no género do western; é também um drama e é também um romance. Os diálogos são intensos (e mais intensos ainda os silêncios), a fotografia é excelente (sobretudo nos planos na montanha) e o desenvolvimento das personagens acontece no ritmo certo.

Para além de todo o significado social do filme, e apesar de na maioria das vezes só disso se falar, o filme vale por si mesmo enquanto obra de arte. O segredo de Brokeback Mountain, como resolveram chamar-lhe em português (porquê? Porquê?...) merece todos os óscares e demais prémios que lhe queiram atribuir. E merece ser visto por todos.

18 Comentários:

Às domingo, fevereiro 12, 2006 11:10:00 da manhã , Blogger Hitler disse...

e merece ser visto segunda vez? Não te esqueças que ainda tens de ir comigo! LOL

 
Às domingo, fevereiro 12, 2006 11:16:00 da manhã , Blogger Carlos M. Reis disse...

Se houvesse tempo... mas não há, não há.

 
Às domingo, fevereiro 12, 2006 1:09:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

eu axo q vou ver hj e.. can't wait!! =)

**

 
Às domingo, fevereiro 12, 2006 2:58:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

merece ser visto segunda vez, sim, mas não sei se consigo vê-lo já... não me esqueço do que te disse, dps combinamos! ;)
é bom, bom, bom!

 
Às domingo, fevereiro 12, 2006 6:13:00 da tarde , Blogger Miguel Fino disse...

Conto ir ver com a mamã. E, diga-se, depois deste texto a minha curiosidade ficou aguçadissima ehhehehehehe


beijo Vera

 
Às domingo, fevereiro 12, 2006 7:22:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Ainda bem. Acho que vais gostar. :)
Há sempre o perigo de o meu entusiasmo dar-vos expectativas demasiado altas mas gostei tanto que não me apeteceu relativizar.

bjs

 
Às domingo, fevereiro 12, 2006 7:57:00 da tarde , Blogger Francisco Mendes disse...

É uma obra admirável com Ang Lee a demonstrar uma refinada sensibilidade cinematográfica. Imperdível!

 
Às domingo, fevereiro 12, 2006 9:40:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Concordo plenamente, francisco. :)

 
Às segunda-feira, fevereiro 13, 2006 12:29:00 da manhã , Blogger Mussolini disse...

Que bom ver-te ingressar na crítica cinematográfica... :)

Ainda espero ver o filme, Guida, i'm going with you, ok?

 
Às segunda-feira, fevereiro 13, 2006 6:57:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

lol ;)
fazes bem

beijinhos

 
Às terça-feira, fevereiro 14, 2006 9:23:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

E merece ser visto umas quantas vezes :P! Excelente análise :)!

Bjs *************

 
Às quarta-feira, fevereiro 15, 2006 11:03:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Ah pois merece. Obrigada, s0lo :)
bjs

 
Às quarta-feira, fevereiro 15, 2006 11:23:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

ja vi e amei, só.. =)

 
Às quarta-feira, fevereiro 15, 2006 11:42:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

como não amar, não é pati? :)

 
Às quinta-feira, fevereiro 16, 2006 10:43:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Boa análise Vera. Estás convidada a passar pelo meu blog (e já agora mais pessoal :D). Escrevi tal como tu uma crítica ao filme e gostava que deixasses um comentário.

Beijos.

 
Às sábado, fevereiro 18, 2006 3:08:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

obrigada, Tiago. :)
Já passei por lá.
beijinhos

 
Às segunda-feira, fevereiro 20, 2006 12:06:00 da tarde , Blogger Mussolini disse...

Destaca-se a fantástica banda sonora de Gustavo Santaolalla. Impressionante.

 
Às terça-feira, fevereiro 06, 2007 4:08:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

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