Pierrot, le fou (1965), Jean-Luc Godard
Antes de alterar a selecção do DVD recomendado aqui na coluna do lado, queria deixar um texto sobre o filme que tem ocupado esse espaço. Não vou tentar fazer uma crítica (porque sei que não seria capaz de fazer uma crítica a este filme, nem que engolisse todos os livros de Cinema alguma vez publicados); não vou dar a minha opinião (porque acho que se resumiria à palavra "genial" e quero um post mais longo do que isso). O que vou fazer é apenas uma recomendação, absolutamente despretensiosa, para aqueles que nunca se depararam com esta obra do realizador francês Jean-Luc Godard.
Godard é responsável pela realização do filme, bem como pelo seu argumento. O texto que está na base deste filme é um daqueles romances menores, do tipo colecção "Vampiro", chamado Obsession, da autoria de Lionel White.
Godard não escreveu propriamente um script para o filme. O texto era decidido à medida que as cenas iam sendo rodadas, existindo apenas uma ideia do que se queria mostrar.
Este filme é protagonizado por Jean-Paul Belmondo (Ferdinand Griffon/Pierrot) e por Anna Karina (Marianne Renoir). Pierrot e Marianne decidem fugir da sua aborrecida vida em Paris e partem numa viagem até ao Mar Mediterrâneo. Essa viagem revela-se exactamente o oposto do que era o seu quotidiano: pouco ortodoxa e cheia de aventuras.
A clássica pergunta do "sobre o que é que fala o filme" fica aqui sem resposta. Ou melhor, com uma resposta demasiado abrangente para ser concreta. Pierrot, le fou fala de tudo e a sua ideia principal é precisamente a da totalidade (nem sequer se pode encaixar num género, pois consegue conter em si quase todos os géneros do cinema).
O filme é uma colecção de citações das mais variadas formas de Arte (da pintura à literatura), sendo que a aparente (e até certo ponto real) liberdade criativa da ausência de script é depois difícil de reconhecer, pelo facto de o filme ser tão "arrumado" e tão cheio de pormenores, cada um mais importante do que o outro. Cada lugar por onde Pierrot e Marianne passam é importante, cada frase tem relevância... tudo importa para o todo do filme. A história seria de facto extremamente simples, não fosse a intricada teia de citações que Godard constrói dentro do filme, tornando uma simples história num complexo exercício cinematográfico.
É claro que as opiniões são muito subjectivas mas a verdade é que este filme me agradou mesmo muito e considero-o um exemplo do melhor Cinema. Poderia continuar a escrever acerca de Pierrot, le fou mas nada valeria tanto a pena quanto a experiência de ver este filme. Fica a recomendação.
P.s.: Agora que acabou o ano lectivo, percebo finalmente para que serviram as aulas de Cinema. Foi para conhecer este filme (ok, o Sécret Defense e o Noite Escura também não foram tempo perdido).
Godard é responsável pela realização do filme, bem como pelo seu argumento. O texto que está na base deste filme é um daqueles romances menores, do tipo colecção "Vampiro", chamado Obsession, da autoria de Lionel White.
Godard não escreveu propriamente um script para o filme. O texto era decidido à medida que as cenas iam sendo rodadas, existindo apenas uma ideia do que se queria mostrar.
Este filme é protagonizado por Jean-Paul Belmondo (Ferdinand Griffon/Pierrot) e por Anna Karina (Marianne Renoir). Pierrot e Marianne decidem fugir da sua aborrecida vida em Paris e partem numa viagem até ao Mar Mediterrâneo. Essa viagem revela-se exactamente o oposto do que era o seu quotidiano: pouco ortodoxa e cheia de aventuras.
A clássica pergunta do "sobre o que é que fala o filme" fica aqui sem resposta. Ou melhor, com uma resposta demasiado abrangente para ser concreta. Pierrot, le fou fala de tudo e a sua ideia principal é precisamente a da totalidade (nem sequer se pode encaixar num género, pois consegue conter em si quase todos os géneros do cinema).
O filme é uma colecção de citações das mais variadas formas de Arte (da pintura à literatura), sendo que a aparente (e até certo ponto real) liberdade criativa da ausência de script é depois difícil de reconhecer, pelo facto de o filme ser tão "arrumado" e tão cheio de pormenores, cada um mais importante do que o outro. Cada lugar por onde Pierrot e Marianne passam é importante, cada frase tem relevância... tudo importa para o todo do filme. A história seria de facto extremamente simples, não fosse a intricada teia de citações que Godard constrói dentro do filme, tornando uma simples história num complexo exercício cinematográfico.
É claro que as opiniões são muito subjectivas mas a verdade é que este filme me agradou mesmo muito e considero-o um exemplo do melhor Cinema. Poderia continuar a escrever acerca de Pierrot, le fou mas nada valeria tanto a pena quanto a experiência de ver este filme. Fica a recomendação.
P.s.: Agora que acabou o ano lectivo, percebo finalmente para que serviram as aulas de Cinema. Foi para conhecer este filme (ok, o Sécret Defense e o Noite Escura também não foram tempo perdido).
4 Comentários:
Tão bem falas tu deste filme que acho que vou ser obrigado a alugá-lo e ver! Nice post, apesar de não ser a review conseguiste incutir a tua opinão pessoal de um modo claro e conciso.
tu és mas é maluca, miúda!! isso sim! :S LOL
aquelas aulas d cinema e literatura la serviram pa alg coisa?? tipo.. ver um filme em 4 ou 5 aulas c o professor a parar aquilo d 5 em 5 minitos pa dizer q o mexer numa vela tem um significado fundamental po filme? :S epa.. LOL q maluquice, sso sim..
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