quinta-feira, junho 23, 2005

The O.C. - Na Terra dos Ricos



Comecei a ver esta série, na RTP1, aos sábados à tarde. Pensava estar perante mais uma série para adolescentes e achei que não fazia mais do que retratar um mundo ao alcance de poucos. A verdade é que era Inverno, apetecia estar em casa e a série cumpria uma das suas funções mais importantes: entretia. Um par de episódios chegou para perceber que o que via era mais do que um simples programa de entretenimento. Sim, tem todos os ingredientes de uma comum série para teenagers. Mas o segredo está na forma como mistura esses ingredientes.

Criada por Josh Schwartz, em 2003, esta é mais uma das séries de sucesso da Fox.
A série é protagonizada por Peter Gallagher (mais conhecido pelo filme "Sexo, Mentiras e Vídeo"), que interpreta o advogado Sandy Cohen; Kelly Rowan, que faz de Kirsten, a esposa de Sandy; Benjamin McKenzie interpreta Ryan, Mischa Barton faz de Marissa e Adam Brody encarna Seth Cohen.

A história parece pouco complexa: Ryan, um miúdo da classe baixa, é acolhido por Sandy, que o defende num caso, depois de Ryan ter sido expulso de casa. Kirsten, sabendo do historial de crime do rapaz, não fica contente por acolhê-lo mas Ryan rapidamente começa a criar laços com os habitantes de Orange County, uma zona rica, muito diferente do ambiente em que Ryan havia crescido. Um plot relativamente básico é, ao longo das (até agora) duas temporadas, desmontado numa intrincada teia de relações que o adensam e que afastam a série de outras do género, para além de destruirem o facilitismo de uma comparação com "Beverly Hills" ou "Dawson's Creek".

"The O.C."
(era para se chamar "Orange County" mas tinha saído recentemente um filme com o mesmo nome) está cheio de personagens estereotipadas, é certo. No entanto, mais do que construir um enredo em torno de estereótipos, desconstrói essas personagens, mostrando o outro lado de todas as coisas (o outro lado dos pobres, o outro lado das meninas bonitas, o outro lado dos ricos...). A série desfaz um mundo de glamour e de aparente perfeição e revela o outro lado de tudo o que é suposto encontrar naquele ambiente.

Subvertendo os clichés que povoam a série, Schwartz foi capaz de criar uma série que, sendo também um relato de uma vida que a maioria não tem, é também uma radiografia que revela o que se esconde para lá do ouro, das casas grandes e dos carros de alta cilindrada.

Assim, "The O.C." existe para além das aparências (tal como o seu objecto): aparenta ser mais uma série sobre futilidades e é, na realidade, muito mais do que isso, um exercício de ver para lá do que é mostrado.

Não posso esquecer uma referência ao genérico da série, em particular a música "California" dos "Phantom Planet".

4 Comentários:

Às quinta-feira, junho 23, 2005 11:01:00 da manhã , Blogger Hitler disse...

Essa música é muito boa! E adoro o trabalho de Adam Brody como Seth Cohen, acho que está excelente! Muito divertido.

 
Às quinta-feira, junho 23, 2005 3:28:00 da tarde , Blogger Mussolini disse...

Confesso que nunca vi a série, apesar de ja me teres falado nela, mas pela tua descrição tão boa, talvez deva repensar esta minha atitude condenável. lol :)

 
Às quinta-feira, junho 23, 2005 7:23:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Não é das minhas séries preferidas mas acho que vale a pena veres, Pedro.

 
Às sábado, junho 25, 2005 11:06:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

ela... eu ja me casava c o Adam Brody.. so naquela!

e tipo.. can't wait pa ver a segunda season!! ja n aguento mais!!

é neste momento, em conjunto c as desperate housewives, a minha serie d eleiçao!! weeeeee!

 

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