sexta-feira, abril 01, 2005

Bill Bryson - o tal que é mesmo um cidadão do Mundo



Hoje resolvi falar aqui de um escritor que é para mim um dos mais importantes da actualidade, pelo seu contributo para a difusão das diferentes culturas, pela sua escrita optimista, bem-disposta e interessante e pelos seus livros que são verdadeiras enciclopédias.
Bill Bryson nasceu em Des Moines, (Iowa, Estados Unidos da América) em 1951 mas foi em Inglaterra que conheceu a mulher, em 1973, acabando por fixar-se nesse país, onde trabalhou numa instituição para doentes mentais enveredando mais tarde pelo jornalismo. Tornou-se editor-chefe da secção de negócios do "The Times" e também do "The Independent".
Em 1987 decidiu abandonar o jornalismo e em 1995 a resolução foi a de voltar aos EUA. Só que em 2003 decidiu tornar a mudar-se com a família para Inglaterra.



Bryson é portanto, um jornalista e escritor. E tantos que há que o são... Mas o que distingue Bill Bryson, para além da qualidade da sua escrita, é o facto de os seus livros serem mais do que meros exercícios de expressão, sendo autênticos legados de informação preciosas acerca dos países e das suas culturas. Ler um livro de Bryson é viajar por um país inteiro, de braço dado com o melhor dos guias, que nos dias ao ouvido o que de mais interessante há para conhecer.
Bryson é, essencialmente, um escritor de viagens. Mas não só. Para além de ter livros sobre vários países, tem também livros sobre a língua inglesa e o mais recente "Breve história de quase tudo", um best-seller sobre isso mesmo: quase tudo. Os aspectos mais interessantes da ciência e da evolução do mundo, contados de maneira fundamentada e bem-disposta.
Este último livro valeu-lhe, para além do reconhecimento mundial do seu talento, o Aventis Science Book Prize.
Para além deste e de outros prémios, Bryson viu o seu livro "Crónicas de uma pequena ilha" ser escolhido pelos ingleses como o livro que melhor descreve a identidade inglesa e o estado da nação.
Para além dos dois já mencionados, Bryson editou livros sobre os EUA ("Made in America", agrupado também na categoria de livros sobre a língua inglesa, pela enorme quantidade de informações que dá sobre o assunto, e outros livros sobre os EUA), sobre a Austrália ("Down under"), sobre a Europa ("Neither here nor there"), sobre África ("Bill Bryson's African Diary", um livro escrito em colaboração com a associação Care International, para a qual revertem os lucros do livro), uma autobiografia ("I'm a stanger here myself") e os livros sobre a língua inglesa como "Mother Tongue" ou "Bryson's Dictionary of Troublesome Words".
Por ter lido quase todos (à excepção dos três últimos mencionados), é muito difícil eleger um favorito. Apontaria para a "Breve história de quase tudo", pela densidade de informação disfarçada por uma escrita cheia de energia, "Made in America", pelas descobertas interessantes que fiz ao ler o livro e "Down under" ("Na terra dos cangurus" é o título em português), pelo meu interesse pessoal pelo continente relatado.

Capas de alguns dos livros de Bill Bryson editados em Portugal



O livro actualmente em destaque em Port Moresby (por ocupar os meus dias) é precisamente o mais recente de Bryson: "Breve história de quase tudo".
Não deixem de ler ou estarão a passar ao lado de alguns dos aspectos mais interessantes do mundo. E sabem aquela ideia (parva) de que a literatura é uma coisa chata e aborrecida? Esqueçam completamente...

2 Comentários:

Às sexta-feira, abril 01, 2005 1:59:00 da tarde , Blogger Hitler disse...

É realmente um dos melhores escritores da actualidade. A forma como descreve as situações quase que nos fazem pensar que também passamos por elas. Tem uma imaginação prodigiosa quando descreve minuciosamente os países, povos, culturas e locais que visita. é como dizes um cidadão do mundo.

 
Às sexta-feira, abril 01, 2005 7:20:00 da tarde , Blogger Mussolini disse...

Não conheço a obra de bill Bryson, pouco sei sobre sua vida e pessoa. Mas pelo que já ouvi dizer, a forma como descreve determinadas situações nos países que visita, é hilariante. Acima de tudo deve ser alguém extremamente culto, e admiro muito isso.

 

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