terça-feira, abril 12, 2005

From London with love



Foi nos velhos tempos de escola que Tom Chaplin (voz), Tim Rice-Oxley (piano) e Richard Hughes (bateria) formaram os Keane. Em 2002, após um período de tempo a aperfeiçoar o som que criaram, os Keane decidem que é tempo de voltar à estrada, e àquilo que mais gostam: os concertos. Foram agendadas três actuações em conhecidos bares, e foi no Betsey Trotwood que Simon Williams, da Fierce Panda, os descobriu e desafiou com o lançamento de um single.
A escolha foi a majestosa "Everybody's Changing", gravada sem qualquer custo para a banda. Quer para os Keane, quer para a editora, a sensação de que tinham um estrondoso êxito nas suas mãos era unânime. Logo de imediato o single despertou a atenção de todos aqueles que o ouviram. Steve Lamacq, da BBC Radio, elege "Everybody's Changing" como uma das melhores músicas alguma vez feitas na Fierce Panda - nada mau para uma editora que albergara os primeiros trabalhos de bandas como Coldplay, Idlewild e Supergrass. Descrevendo a banda como "Coldplay meets Beautiful South", conferiu ao single grande airplay no seu programa, convidando-os para uma sessão na BBC 6Music. Logo de imediato, foram convidados por outras rádios britânicas para tocar nos seus respectivos estúdios. Entretanto, o Sunday Times afirmava que os Keane eram responsáveis por "três minutos e meio de brilhante música Pop" e a NME escrevia que "Everybody's Changing" era "indisputávelmente poderosa".
O que é realmente notável nos Keane, apesar de todas as comparações e grandes elogios que receberam, é o facto de a sua música se destacar no panorama musical contemporâneo. "A nossa música contém temas universais e são emotivas", aponta o pianista Tim. " As pessoas querem sentir emoção, e isso tornou-se em algo raro hoje em dia. Penso que não há muitas bandas a fazer música que na realidade não significa nada. Não há algo com que nos identifiquemos".
A carreira dos Keane mostrava-se promissora, com o início da sua primeira digressão pelo Reino Unido. Tom, Richard e Tim tocaram por todo o país para audiências de 5 a 300 pessoas. Nâo haviam grandes semelhanças entre os Keane e as outras bandas, pois não existia um guitarrista. Este facto, segundo Tim, "não foi uma decisão consciente", e custou-lhes algumas críticas negativas. Chegada a Primavera de 2003, era tempo de continuar em digressão, e as editoras começam a fazer as suas propostas. A banda ansiava pela possibilidade de fazer o disco certo com as pessoas certas, já que o seu objectivo era fazer a música chegar ao maior número de pessoas possível - foi com esse espírito que a Island Records os acolheu. Com uma brilhante performance na Reading and Leeds Carling Weekend, o segundo single "This Is The Last Time" foi calorosamente recebido.
"Todos me dizem que gostavam de voltar aos aos anos '60", afirma Tom. "Mas somos felizes onde estamos. "Também gostamos das bandas Rock do passado, mas temos agora a chance de nos juntarmos a eles. A música é intemporal, não passa de moda." Após o lançamento do aclamado "Hopes and Fears" e mais dois singles - "Bedshaped" e "Somewhere Only We Know" - os Keane apresentam-se como uma das maiores promessas da Pop/Rock na Europa, e provavelmente, no mundo.

4 Comentários:

Às terça-feira, abril 12, 2005 10:58:00 da tarde , Blogger vera disse...

Começo a ficar cansada de dizer sempre o mesmo dos teus textos mas é a verdade: belo post, gostei muito parabéns.
Não conheço muito dos Keane (ou não conhecia até ler o texto) e portanto sou a pessoa ideal para testar o efeito do teu texto: para quem não conhece nada da banda, dás a quantidade ideal de informação, num texto completo que equilibra objectividade de informação com subjectividade de opiniões bem fundamentadas.
Quanto à banda, gosto das poucas músicas que conheço e acho que têm muita qualidade.
Parabéns e obrigada por mais este texto tão "esforçado" em Port Moresby.

 
Às terça-feira, abril 12, 2005 11:34:00 da tarde , Blogger Hitler disse...

Concordo totalmente com o teu texto! Acho que os Keane são um tipo de banda com uma música ao mesmo tempo alternativa mas audível, pois a maioria da música alternativa, é alternativa para quando não há mais nada para ouvir. Muito bom post!

 
Às quarta-feira, abril 13, 2005 11:51:00 da tarde , Blogger Mussolini disse...

Apesar de, por razões que me ultrapassam, teres sido novamente expulso de Port Moresby, acho que com uma boa campanha promocional até consegues reentrar. lol.
Gostando seja daquilo que gostes, seriam com certeza bem vindas críticas musicais tuas (ou de outro membro). Eu próprio usei expressões marvailhosas como "majestosa" ou "insdisputávelmente poderosa". Será que tenho futuro? O
Obrigado pelo comment.

 
Às quinta-feira, abril 14, 2005 1:33:00 da manhã , Blogger vera disse...

LOLOLOL... --> comment ao comment do JPM
crítica tauromáquica parece-me bem. Boina é que é fatela!

 

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