domingo, março 13, 2005

Jamie Cullum. Twentysomething.



Também eu achava que nos dias que correm a música Jazz havia caído no esquecimento, ficando colada aos brilhantes anos de artistas revolucionários como Nat King Cole. Pois enganei-me e (re)descobri a música deste jovem inglês a quem chamam Frank Sinatra de jeans: Jamie Cullum. Com apenas 23 anos Jamie é cantor, compositor e um brilhante pianista. Famoso pelos seus ecléticos espéctaculos que, ora esgotam, ora têm pouca afluência, estes são alvo das melhores críticas, que o apelidam do mais bem sucedido artista inglês Jazz de todos os tempos no Reino Unido.
Cullum conta com apenas três albums lançados no mercado - Heard It All Before, Pointless Nostalgic e o mais recente, Twentysomething, que data de 2003 - que vendeu cerca de um milhão de cópias, tornando-o no album Jazz mais vendido de sempre em terras de sua Majestade. O que torna este disco especial é o facto de, apesar de ser uma celebração ao Jazz na sua essência, Jamie adicionou-lhe elementos da música que o viu crescer: desde o Rock ou o Rap, ao Drum 'n Bass. A ideia para o título surgiu aquando de uma conversa com amigos, todos dentro da casa dos 20, idade em que não sabemos bem aquilo que procuramos ou para onde vamos, nem estamos preparados para enfrentar o mundo - daí o título Twentysomething.
Deste leque de canções é impossível destacar a melhor: seja o fabuloso All At Sea, o contagioso Everlasting Love, ou os sofisticados These Are The Days, Singin' In the Rain e Old Devil Moon, todas elas grandes incurssões. Gravado no London's Mayfair Studio, a produção do disco ficou a cargo de Stwart Levine, que conta com colaborações com artistas como Simply Red e BB King. Este foi gravado quase todo "ao vivo", não tendo sida sentida qualquer necessidade de acrescentar elementos electrónicos que a gravação digital requer. E foi essa escolha que lhe conferiu um som mais puro e realista.
É provável que o maior talento de Cullum seja a personalidade, o toque pessoal que injecta não só nos seus originais, mas também na música de outros artistas, fazendo delas também suas. São exemplos disso os magistrais Lover, You Should Have Come Over de Jeff Buckley e Wind Cries Mary de Jimmy Hendrix. Twentysomething é um grande album, contemplando desde os grandes musicais dos anos 50, passando pela música Rock que marcou os anos 90, ao equilibrium do grande Jazz. É isso que significa Twentysomething para Jamie Cullum, a possibilidade de saltar de estilo para estilo, ignorando qualquer tipo de rótulos.

"I'm not interested in being some kind of museum piece, and I don't want to present my music in a way that's old fashioned. I'm not wearing a suit, and I don't stand still when I'm singing. I'm jumping off the piano." Jamie Cullum.


Cedido gentilmente e em exclusivo para portmoresby.blogspot.com

8 Comentários:

Às domingo, março 13, 2005 11:56:00 da tarde , Blogger vera disse...

Eu sou mega-fan de Jamie Cullum. Ele é absolutamente fenomenal e viciante. Não tenho mesmo ouvido outra coisa e, ao contrário do que me costuma acontecer com a música que ouço de forma incessante e repetida, não me canso!
Quanto à tua crítica, já to disse. Está excelente. O senhor Jamie ficaria orgulhoso se lesse isto.
Parabéns pela crítica, obrigado por esta ter sido colocada aqui em Port Moresby e, mais do que tudo, bem-vindo!

 
Às segunda-feira, março 14, 2005 12:32:00 da manhã , Blogger Miguel Fino disse...

Tenho de ouvir o Senhor está visto...Mas se gostam de jazz e se não estão (embora devessem) para ouvir os primórdios, tomem atenção a Bernardo Sassetti, Carlos Barreto, Alexandre Frazão, Afonso Pais etc. Eu sou a favor dos bons músiscos nacionais. De qualquer maneira JAZZ é com o pai, lololol.

 
Às segunda-feira, março 14, 2005 12:35:00 da manhã , Blogger vera disse...

LOL... a questão nem é só teres de ouvir! É que já devias ter ouvido!! Tens que colmatar essa falha urgentemente!!
Eu sou das que está disposta também a ouvir os primórdios (e como gosto...) mas confesso que vou prestar mais atenção aos "jazzeiros" nacionais, uma vez que, daqueles que mencionaste, só conheço (e pouco) o Sassetti.

 
Às quinta-feira, março 17, 2005 9:04:00 da tarde , Blogger Hitler disse...

Jamie Cullum rules, assim como o teu post!
Incisivo, detalhado e bem construído (não fiques muito convencido)!lol
Eu sou uma grande fã assim como a vera e adoro cada musiquinha que o senhor se lembra de deitar cá para fora. Continua assim que estás muito bem!

 
Às domingo, dezembro 24, 2006 11:43:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

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