Foi a 10/03/2005
Eram 18h 50m. Dois minutos depois de eu entrar em casa, três carros de bombeiros, duas ambulâncias, uma viatura do INEM e outra da GNR irromperam pela praceta, luzes a piscar e sirenes ensurdecedoras.
Pararam no prédio ao lado.
As janelas encheram-se de cabeças de inquilinos e um aglomerado de gente correu para a rua, sedenta de informações.
Após muitas especulações («Fogo?», «Em que andar?», «Quantos feridos?»), veio a informação certa: a filha (demasiado) pequena de um casal (demasiado) jovem foi pedir socorro aos vizinhos porque os pais estavam a morrer.
Os vizinhos chamaram os bombeiros que, apesar dos esforços, não conseguiram evitar que uma fuga de gás num apartamento de periferia roubasse a uma criança o pai que ainda nessa manhã a tinha acordado. A mãe, soube-se agora, depois de levada para o hospital, quase sem réstia de esperança, sobreviveu.
É estúpido...tão estúpido que desgraças deste tamanho possam acontecer assim, num estalar de dedos (e aqui tão perto).
O carro do vizinho continua estacionado à porta, pala protectora do sol para baixo, desleixo de quem, atarefado, acabou de chegar.
A casa agora está vazia. Ou cheia de um ar podre que provocou uma morte. Aqui ao lado.
Podia ter sido ficção. Mas não foi.
Pararam no prédio ao lado.
As janelas encheram-se de cabeças de inquilinos e um aglomerado de gente correu para a rua, sedenta de informações.
Após muitas especulações («Fogo?», «Em que andar?», «Quantos feridos?»), veio a informação certa: a filha (demasiado) pequena de um casal (demasiado) jovem foi pedir socorro aos vizinhos porque os pais estavam a morrer.
Os vizinhos chamaram os bombeiros que, apesar dos esforços, não conseguiram evitar que uma fuga de gás num apartamento de periferia roubasse a uma criança o pai que ainda nessa manhã a tinha acordado. A mãe, soube-se agora, depois de levada para o hospital, quase sem réstia de esperança, sobreviveu.
É estúpido...tão estúpido que desgraças deste tamanho possam acontecer assim, num estalar de dedos (e aqui tão perto).
O carro do vizinho continua estacionado à porta, pala protectora do sol para baixo, desleixo de quem, atarefado, acabou de chegar.
A casa agora está vazia. Ou cheia de um ar podre que provocou uma morte. Aqui ao lado.
Podia ter sido ficção. Mas não foi.
3 Comentários:
Isto é surreal, bem que história...Peço desculpa do que vou dizer mas eu gostava de viver essa experiência (a de observador), deves ter aprendido a dar valor à vida não?
Aprendi foi a viver assustada, que é um bocado como me tenho sentido. Pensar que tudo pode acabar assim de repente... bolas! nem sei o q dizer!
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