Lançamentos de 2006 seguem a moda lançada por Brown
Já lá vão quase 3 anos desde que The Da Vinci Code chegou aos escaparates das livrarias um pouco por todo o Mundo. Desde então que o nome do seu autor, Dan Brown, passou a ser conhecido por todos (os que leram e os que não leram). Ninguém é alheio à febre provocada pelo livro de Dan Brown que, para além de ter lançado polémicas e reacendido debates antigos, fez também nascer um filme a estrear em meados de 2006 (e um filme com Tom Hanks não é propriamente um "filmezeco").
Se, como habitual, todas as modas são passageiras, esta não parece enquadrar-se nessa máxima: a longa lista de lançamentos literários de 2006 não deixa esconder a continuidade da tendência iniciada por Brown, tendo títulos como Labyrinth de Kate Mosse (que fala de uma seita católica e da busca pelo cálice sagrado), The Last Templar de Raymond Khoury, The Templar Legacy de Steve Berry ou The Last Cato de Matilde Asensi, entre muitos outros.
A temática é, portanto recorrente e a protagonista é quase sempre a Igreja Católica (tão fácil de envolver em controvérsias). O responsável é também só um e é, sem dúvida, o sucesso à escala global do livro de Dan Brown. Por parte das editoras (nomes tão consagrados como a Barnes & Noble), a expectativa em relação aos números das vendas deste género de livros é muito grande, chegando mesmo às 350.000 cópias por uma primeira edição.
A ficção baseada em factos reais sempre atraiu leitores (e espectadores, no caso do Cinema, por exemplo). É evidente que já existiam livros de ficção baseados em supostos factos ligados à Igreja Católica. O que Brown fez com o seu sucesso foi, de algum modo, criar, não um género, mas uma categoria onde todos esses títulos podem ser inseridos. E uma categoria bastante popular, acrescente-se. Essa popularidade deve-se, para além da temática controversa, ao género thriller/suspense (será que foi A que matou B? Por que motivo?...) que está na génese de construção da maioria destes livros. Para além disso (e só me posso basear no The Da Vinci Code por ser o único que li), a escrita é bastante linear: frases simples, sem construções gramaticais complexas ou vocabulário desconhecido (a não ser as palavras que dizem respeito à temática em si e que dão depois origem a outras fontes de rendimento como O Código Da Vinci Descodificado, um glossário de alguns termos dos livros de Brown). Para além disso, e tendo apenas The Da Vinci Code como referente, há uma certa construção cinematográfica da obra, até mesmo na sua forma (os capítulos dividem-se como cenas de um filme).
Dan Brown, conseguiu, portanto, a fórmula certa para levar os livros a um enorme número de públicos e, a julgar por algumas novidades editoriais do próximo ano, essa fórmula vai ser usada até à exaustão.
[nota: li The Da Vinci Code e gostei do que li. Não li os outros livros do autor porque escolhi partir do princípio, tantas vezes erróneo, de que com aquele best-seller tinha ficado a conhecer o suficiente de Dan Brown. Não planeio ler os restantes mas não acho que The Da Vinci Code seja um mau livro. Para além disso, condeno atitudes pseudo-intelectuais de pessoas - e tive uma professora que afirmou isto - que "jamais leriam Dan Brown" só porque toda a gente lê. Um livro (e quem diz um livro, diz um filme ou uma música) não é mau só porque toda a gente o lê (o vê ou a ouve) - quando muito, passar-se-ia o oposto - ou porque não usa uma escrita absolutamente incompreensível para o leitor médio. Mas também não acho que Dan Brown tenha um talento à medida do seu sucesso.]
Se, como habitual, todas as modas são passageiras, esta não parece enquadrar-se nessa máxima: a longa lista de lançamentos literários de 2006 não deixa esconder a continuidade da tendência iniciada por Brown, tendo títulos como Labyrinth de Kate Mosse (que fala de uma seita católica e da busca pelo cálice sagrado), The Last Templar de Raymond Khoury, The Templar Legacy de Steve Berry ou The Last Cato de Matilde Asensi, entre muitos outros.
A temática é, portanto recorrente e a protagonista é quase sempre a Igreja Católica (tão fácil de envolver em controvérsias). O responsável é também só um e é, sem dúvida, o sucesso à escala global do livro de Dan Brown. Por parte das editoras (nomes tão consagrados como a Barnes & Noble), a expectativa em relação aos números das vendas deste género de livros é muito grande, chegando mesmo às 350.000 cópias por uma primeira edição.
A ficção baseada em factos reais sempre atraiu leitores (e espectadores, no caso do Cinema, por exemplo). É evidente que já existiam livros de ficção baseados em supostos factos ligados à Igreja Católica. O que Brown fez com o seu sucesso foi, de algum modo, criar, não um género, mas uma categoria onde todos esses títulos podem ser inseridos. E uma categoria bastante popular, acrescente-se. Essa popularidade deve-se, para além da temática controversa, ao género thriller/suspense (será que foi A que matou B? Por que motivo?...) que está na génese de construção da maioria destes livros. Para além disso (e só me posso basear no The Da Vinci Code por ser o único que li), a escrita é bastante linear: frases simples, sem construções gramaticais complexas ou vocabulário desconhecido (a não ser as palavras que dizem respeito à temática em si e que dão depois origem a outras fontes de rendimento como O Código Da Vinci Descodificado, um glossário de alguns termos dos livros de Brown). Para além disso, e tendo apenas The Da Vinci Code como referente, há uma certa construção cinematográfica da obra, até mesmo na sua forma (os capítulos dividem-se como cenas de um filme).
Dan Brown, conseguiu, portanto, a fórmula certa para levar os livros a um enorme número de públicos e, a julgar por algumas novidades editoriais do próximo ano, essa fórmula vai ser usada até à exaustão.
[nota: li The Da Vinci Code e gostei do que li. Não li os outros livros do autor porque escolhi partir do princípio, tantas vezes erróneo, de que com aquele best-seller tinha ficado a conhecer o suficiente de Dan Brown. Não planeio ler os restantes mas não acho que The Da Vinci Code seja um mau livro. Para além disso, condeno atitudes pseudo-intelectuais de pessoas - e tive uma professora que afirmou isto - que "jamais leriam Dan Brown" só porque toda a gente lê. Um livro (e quem diz um livro, diz um filme ou uma música) não é mau só porque toda a gente o lê (o vê ou a ouve) - quando muito, passar-se-ia o oposto - ou porque não usa uma escrita absolutamente incompreensível para o leitor médio. Mas também não acho que Dan Brown tenha um talento à medida do seu sucesso.]
1 Comentários:
best regards, nice info » » »
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