You are the Dancing Queen
Visando, por um lado, focar-se nas velhas raízes como uma artista dance, e por outro, procurando ingressar num som Disco futurista, Madonna regressa à club scene com 'Confessions on a Dancefloor', que chega às lojas na próxima segunda-feira pela Warner Bros. Records.
Durante a década de '80, Madonna reinava com singles como 'Like a Virgin', Crazy For You' e 'Into the Groove', talvez o mais sublime da sua carreira. Ao som dos sintetizadores mais característicos dos 80's, Madonna proclamava: 'You can dance - for inspiration'.
20 anos mais tarde, a personalidade mais notória do Kabalah encontrou outros caminhos para o nirvana. Tal como 'Confessions on a Dancefloor' devidamente ilustra, a cantora não perdeu a fé no poder da batida. Conduzido pela caleidoscópica e estonteante produção - essencialmente por Stuart Price, mais conhecido profissionalmente como Les Rhythmes Digitales - 'Confessions' revela-se um verdadeiro 'disco inferno', e transporta Esther dos campos ingleses e estúdios de yoga para o indomável mundo das discotecas, onde viu nascer o seu nome.
Replecto de acção e velocidade, eis um álbum concebido para ser escutado no volume máximo. Cada faixa é uma mudança constante, possuindo variadíssimas camadas de sons e samples que entram e saem das colunas a um alucinante padrão ritmíco. Contrariamente à cristalina precisão de discos como 'Ray of Light' e 'Music', 'Confessions' exibe a assinatura sónica patente - quase psicadélica em temas como 'Future Lovers' e 'Push'. Não só o aglutinar das 12 faixas funciona perfeitamente como se de um DJ set se tratasse, mas é como se estivessem já pré-remixadas. O álbum oferece-nos igualmente alusões ao passado da dance-music; para além do sample de 'Gimme Gimme Gimme' dos Abba no 1º single, 'Hung Up', existem referências a bandas como os S.O.S Band e Tom Tom Club. Mrs. Ritchie refere-se, inclusivé, ao seu próprio passado, brindando o ouvinte com pedaços melódicos de 'Like a Prayer' e 'Holiday'.
Para a cantora, a busca do trancendente sempre esteve intimamente ligada à estasiante libertação na dança. Em discos anteriores, a sua supremacia na pista de dança estava relacionada com a música em si, mas em 'Confessions' a sua atenção está virada para a auto-valorização e auto-suficiência. A única faixa que consegue quebrar o ritmo é 'Isaac' - que alguns dizem ser inspirada pelo mistíco do século XVI, Yitzhak Luria. Os coros hebreus e rabinicos, e o comentário (falado) fazem deste tema a referência mais explícita às suas práticas espirituais. A batida galopante e o hipnótico acorde da guitarra acústica criam uma intrigante dinâmica, evocando ambas as sonoridades de África e do Este da Europa. Assim como grande parte do disco, é uma faixa demasiado indirecta para análise.
Outros destaques, fruto do seu acordar religioso, incluem 'How High', 'Like It or Not' e 'I Love New York'.
A capacidade de composição de Madonna sempre foi a sua qualidade mais subvalorizada, mas enquanto este álbum é absolutamente funcional do ponto de vista Disco, a sua maior força é também a sua maior fraqueza. Na sua íntegra, as faixas perdem-se entre si, tornando-se dependentes da considerável magia da produção de Stuart Price para lhes conferir tensão e distinção. Quando comparado com o seu antecessor, o tépido 'American Life', 'Confessions on a Dancefloor' não ficará imortalizado como alguns dos seus gloriosos club hits do passado, mas cumpre o seu objectivo e Madonna ainda consegue mover a plateia.
Durante a década de '80, Madonna reinava com singles como 'Like a Virgin', Crazy For You' e 'Into the Groove', talvez o mais sublime da sua carreira. Ao som dos sintetizadores mais característicos dos 80's, Madonna proclamava: 'You can dance - for inspiration'.
20 anos mais tarde, a personalidade mais notória do Kabalah encontrou outros caminhos para o nirvana. Tal como 'Confessions on a Dancefloor' devidamente ilustra, a cantora não perdeu a fé no poder da batida. Conduzido pela caleidoscópica e estonteante produção - essencialmente por Stuart Price, mais conhecido profissionalmente como Les Rhythmes Digitales - 'Confessions' revela-se um verdadeiro 'disco inferno', e transporta Esther dos campos ingleses e estúdios de yoga para o indomável mundo das discotecas, onde viu nascer o seu nome.
Replecto de acção e velocidade, eis um álbum concebido para ser escutado no volume máximo. Cada faixa é uma mudança constante, possuindo variadíssimas camadas de sons e samples que entram e saem das colunas a um alucinante padrão ritmíco. Contrariamente à cristalina precisão de discos como 'Ray of Light' e 'Music', 'Confessions' exibe a assinatura sónica patente - quase psicadélica em temas como 'Future Lovers' e 'Push'. Não só o aglutinar das 12 faixas funciona perfeitamente como se de um DJ set se tratasse, mas é como se estivessem já pré-remixadas. O álbum oferece-nos igualmente alusões ao passado da dance-music; para além do sample de 'Gimme Gimme Gimme' dos Abba no 1º single, 'Hung Up', existem referências a bandas como os S.O.S Band e Tom Tom Club. Mrs. Ritchie refere-se, inclusivé, ao seu próprio passado, brindando o ouvinte com pedaços melódicos de 'Like a Prayer' e 'Holiday'.
Para a cantora, a busca do trancendente sempre esteve intimamente ligada à estasiante libertação na dança. Em discos anteriores, a sua supremacia na pista de dança estava relacionada com a música em si, mas em 'Confessions' a sua atenção está virada para a auto-valorização e auto-suficiência. A única faixa que consegue quebrar o ritmo é 'Isaac' - que alguns dizem ser inspirada pelo mistíco do século XVI, Yitzhak Luria. Os coros hebreus e rabinicos, e o comentário (falado) fazem deste tema a referência mais explícita às suas práticas espirituais. A batida galopante e o hipnótico acorde da guitarra acústica criam uma intrigante dinâmica, evocando ambas as sonoridades de África e do Este da Europa. Assim como grande parte do disco, é uma faixa demasiado indirecta para análise.
Outros destaques, fruto do seu acordar religioso, incluem 'How High', 'Like It or Not' e 'I Love New York'.
A capacidade de composição de Madonna sempre foi a sua qualidade mais subvalorizada, mas enquanto este álbum é absolutamente funcional do ponto de vista Disco, a sua maior força é também a sua maior fraqueza. Na sua íntegra, as faixas perdem-se entre si, tornando-se dependentes da considerável magia da produção de Stuart Price para lhes conferir tensão e distinção. Quando comparado com o seu antecessor, o tépido 'American Life', 'Confessions on a Dancefloor' não ficará imortalizado como alguns dos seus gloriosos club hits do passado, mas cumpre o seu objectivo e Madonna ainda consegue mover a plateia.
7 Comentários:
É um bom CD e um bom regresso aos bons velhos tempos de Madonna :)!
Abraço
vibro c o novo single! e nos emas.. ela teve fantastica! pena q tivesse sido logo a primeira.. mas mm assim.. amei!
Já tive oportunidade de te dar a minha opinião em relação à tua escrita. Gostei muito de ler este post, da forma como o construíste.
Em relação à Madonna, como sabes, nunca fui especialmente fan nem lhe dei particular atenção. No entanto, este novo single é mesmo mesmo bom e, pelo muito muito pouco que ouvi do restante álbum, o adjectivo também a ele se pode aplicar.
:)*
Ainda não ouvi o novo album, mas o single é muito bom.
Eu sempre gostei de Madonna e penso que está cada vez melhor. Claro que Ray of Light continua a ser para mim o melhor.
A 1ª vez que ouvi o single não achei nada de mais agora acho-o viciante. E o álbum é ainda melhor que o single!
best regards, nice info
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