sexta-feira, abril 29, 2005

Deparei-me com

um belo blog, com um nome a lembrar um belo filme: Eternal Sunshine.

"Decadent Chocolate Package" ou o motivo pelo qual eu vim ao mundo...

Amigos, lanço um apelo: descobri a maneira de ser genuinamente feliz. Para concretizá-la, só preciso de um bilhete de avião para Paris, uma estada (que pode ser só de um dia) no Four Seasons Hotel George V e 300 euros para pagar as duas horas e meia do "Decadent Chocolate Package", que não é nada mais nada menos do que a metáfora mais perfeita para o Paraíso: massagem em chocolate e banho em chocolate e oxicoco. MASSAGEM E BANHO DE CHOCOLATE?!?! Ai, ai... e eu a pensar que sabia o que era a vida...

Gato Fedorento FINALMENTE de volta

Depois da série Fonseca e da série Meireles, os Gato Fedorento regressam à Sic Radical com nova série já na 2ª feira, 2 de Maio, às 21:30.
A nova série tem o apelido Barbosa e é constituída por 13 episódios. O primeiro, de acordo com as informações no blog dos Gato Fedorento, inclui os sketches "Mira, meu Miguel: um documentário etnográfico", "O médico hipocondríaco", "Teste de bazófia", "Administração do condomínio" e "Debate com o Super-Homem".
Os Gato Fedorento são, na minha opinião, aquilo que de melhor se faz em Portugal em termos de humor. E não é o melhor de Portugal inferior ao do resto do Mundo mas sim algo comparável ao melhor dos melhores. Tenho ao meu DVD (autografado!!!) do Gato o mesmo amor que tenho aos do Seinfeld, aquele que considero o melhor comediante do Mundo.
Os Gato Fedorento têm um humor diferente, assente em coisas por vezes tão básicas que ninguém se lembraria de falar nelas (mas que resultam em momentos de comédia hilariantes).
O grupo pertence às Produções Fictícias e escreve muitos dos textos de humor portugueses (como os do Herman José que, coitado, já viu melhores dias), mas foi com o programa na Sic Radical, inicialmente apenas um sketch incluído no Perfeito Anormal, que conheceram o sucesso.
Espero que não demorem, já agora, a lançar o DVD da 2ª série (que a primeira acho que já decorei...).
Crédito da imagem: http://calaecomete.blogspot.com

quinta-feira, abril 28, 2005

Jornais gratuitos cada vez com mais procura

O jornal "Destak" anunciou o aumento da sua tiragem, dos actuais 100 000 exemplares diários para 125 000 exemplares, como forma de responder «à crescente procura dos leitores».
Parece assim que, independentemente da concorrência que começa a existir no meio, os jornais gratuitos conseguiram afirmar-se no mercado português (ou melhor, lisboeta).
Apesar da grande distribuição de outros jornais gratuitos, do qual de destaca o internacional "Metro", o "Destak", publicação pertencente ao grupo Cofina, consegue assegurar uma quota de mercado suficiente para aumentar a tiragem.
O acrescento de 25 000 exemplares não é resultado da criação de novos pontos de distribuição, dado que o jornal continua nos mesmos 600 pontos da área metropolitana de Lisboa.
De acordo com dados do site do "Destak", baseado em dados da Marktest, o jornal tem uma média de leitores em Lisboa a rondar os 134 000 exemplares, perto dos 137 000 do jornal "Público" e bastante acima do número de leitores do "24 Horas" e do "Jornal de Notícias".

«Eu, Peter Sellers» - Hollywood's a state of mind



Estreia hoje em Portugal mais um dos filmes que me faz apostar em 2005 como um bom ano para o cinema: «The Life and Death of Peter Sellers» (em Portugal, «Eu, Peter Sellers»), realizado por Stephen Hopkins e interpretado por
Geoffrey Rush, como Peter Sellers, Charlize Theron e Emily Watson, entre outros.
O filme é uma espécie de biografia do famoso cómico britânico Peter Sellers (com uma filmografia incrível e do qual certamente se lembram pelos filmes da Pantera Cor-de-Rosa).
Recomendo, mesmo sem ter visto. Quando vir logo digo o que achei.

quarta-feira, abril 27, 2005

Blogs que tem interesse

Como por vezes não tenho muito que fazer (ou até tenho mas fingo que faço) ando por aí a passear e encontro alguns blogs que têm interesse em ser visitados. De temas muito diversos e por vezes opiniões completamente opostas, mas nisso é que está a piada. Encontrei este através de outro que o tinha linkado e que tinha sido respectivamente linkado ainda por outro (e por aí em diante). O blog chama-se Mão Invisível e trata vários temas relacionados com cultura. Penso que a página está muito bem construída e a lista de blogs que têm linkados dá para encontrar mais alguns como: Cafe Hayek pela diversidade de temas; No Illusions se quiser conhecer um pouco mais sobre os EUA pela voz dos cidadãos americanos ou mesmo Dumb Celebs que tem a função de criticar as burras das celebridades.
E fico-me por aqui, mas se visitarem os blogs aqui enunciados encontram muito mais e bastante interessantes.

terça-feira, abril 26, 2005

A Oeste Nada de Novo


UMA ALDEIA PERIFÉRICA. UMA REGIÃO PERIFÉRICA. UM PAÍS PERIFÉRICO. UMA REVISTA POUCO PREOCUPADA COM ISSO.
Este é o slogan que apresenta a revista. Diferente, polémica, interessante, cultural, despreocupada entre tantos outros adjectivos para a descrever. A Periférica nasceu em 2002, editada em Vilarelho, lá para os lados de Trás-os-Montes, definem-se como uma revista cultural que quer ir mais além do que Trás-os-Montes, "A Periférica é — pois claro! — uma revista de minorias. Mas não somos nós que a queremos assim. O grosso da população é que tem o hábito de se auto-excluir das coisas de que nós gostamos. (Problema dele!)", é assim que se definem e têm feito um bom trabalho.
A revista tem a particularidade de ser lançada 4 vezes por ano (de acordo com as estações do ano) e ser encontrada apenas em alguns locais (Fnac e outras livrarias).
Para além da revista têm um blog que é muito interessante e actual.
E claro têm um odio de estimação em relação ao triste do senhor ex-director de uma revista do Diário de Notícias, ex-director do Diário Digital, comentador na Sic Notícias e administrador da agência Lusa (brevemente ex. para ser acessor de imprensa do presidente Bush) Luís Delgado, que desde cedo criticou duramente a revista sem qualquer fundamento ou verdade. Assim, passou a ser o alvo de todas as críticas e insultos por parte dos "periféricos".
Esta é uma revista alternativa mas muito interessante, para saber mais sobre vendas, assinaturas, números anteriores ou qualquer outra palermice visite o site da Periférica.

Sim, pode dizer-se que falam ambos de cães...



Estou realmente curiosa em relação ao filme "Der Untergang", que estreou por cá na passada 5ª feira. O filme, que relata os últimos 12 anos da vida de Hitler, com base em relatos da secretária pessoal do ditador, Traudl Junge, e em investigações do historiador Joachim Fest, tem sido aclamado pelo crítica de uma forma unânime.

A minha opinião acerca deste filme chegará a Port Moresby assim que o tiver visto (o mais tardar até ao final da semana). No entanto, não posso deixar de escrever aqui este breve apontamento, pelo receio que me provocou a descoberta de que Oliver Hirschbiegel, o realizador do filme, realizou também episódios do "Kommissar Rex" e até uma "coisa" para TV chamada "Baby Rex - Der Kleine Kommissar" (pretty scary, ahn?!).
Enfim, se o filme for tão bom quanto me parece que seja, isto é uma carreira com uma ascensão, no mínimo, meteórica...

Uma imagem vale por mil palavras

"Uma imagem vale por mil palavras. E existem algumas para as quais mil não são suficientes para as descrever correctamente... Todas as fotos expostas, poeticamente comentadas, foram tiradas por mim em diferentes locais e alturas do ano. Onde? Deixo ao critério da imaginação de cada um..." Gonçalo Quintino.

Gizz.Photos é o novissímo blog de fotografia do meu irmão Gonçalo, que apesar de prematuro, adivinha-se extremamente interessante, irreverente e original. Qualidades essas que revela através de uma das suas maiores paixões: a fotografia. Aqui fica o "empurrãozinho" de Port Moresby.

segunda-feira, abril 25, 2005

A nossa sina é ser segundo e ter a Grécia à nossa frente...

Foi assim no Euro e é assim na Europa. Um estudo do Deustche Bank Research (DBR) conclui que Portugal será, em 2020, o segundo país mais pobre da União Europeia. À nossa frente, como sempre, só a Grécia.

fonte: diário digital

Adições à lista de blogs

Já constam aqui ao lado mais blogs que vale a pena visitar:

domingo, abril 24, 2005

Obrigada

ao blog Eclectismo Musical por ter adicionado o Port Moresby à sua lista de blogs.

Donna Maria - "Quase Perfeito"



Esta música de uma das mais recentes bandas portuguesas, os Donna Maria, toca na minha cabeça há vários dias consecutivos. A dúvida estava a tomar conta de mim: será que esta música está na minha cabeça porque me irrita ou porque gosto dela? Era estranho, mas não conseguia perceber se me agradava ou não. Agora, de repente, percebi que me fica na cabeça porque gosto dela. Por esse motivo, resolvi recomendá-la aqui. São tão poucas as bandas portuguesas que conseguem acumular a qualidade com a visibilidade que qualquer empurrãozinho é bem-vindo. Parece-me que os Donna Maria merecem esse empurrão.
O álbum de estreia da banda chama-se "Tudo é para sempre". A voz é de Marisa Pinto, acompanhada por Miguel A. Majer na bateria, voz, samplers e programações e Ricardo Santos nos teclados. O disco inclui participações especiais de artistas como Paulo de Carvalho, ou Vitorino e a colaboração deCiro Cruz (baixista de Gabriel O Pensador), Paulinho Moska e Gil do Carmo.


A banda actua no Santiago Alquimista no próximo dia 5 de Maio.

Mais info. no blog dos Donna Maria em http://donna-maria.blogspot.com

Cá está o post amalucado e fora de horas, com o meu rescaldo do concerto desta noite!

Jamie Cullum ruleeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeees! É tudo o que tenho para dizer a esta hora (quando escrever a review que vou entregar sobre ele para Inglês, ponho-a aqui no Port Moresby).

sexta-feira, abril 22, 2005

Yann Tiersen novamente em Portugal... Mas isto são só boas notícias!




Não sei qual delas me deixa mais feliz, se a notícia que dei anteriormente, do regresso tão próximo de Jamie Cullum ou se esta de que falo agora: Yann Tiersen mais uma vez em Portugal!

Pena que seja só em Dezembro (começa agora a minha contagem decrescente). É a 20 de Dezembro, às 21h00, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB). Actua também, no dia seguinte, em Vila Nova de Famalicão, na Casa das Artes.
Para o espectáculo de Lisboa (aquele a que vou dê lá por onde der!), os bilhetes têm preços entre os 27.5€ e os 35€.
Depois de já ter esgotado concertos em Portugal, o compositor que ficou entre nós conhecido pelas bandas sonoras dos filmes "Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain" e de Good bye, Lenin!", regressa a Portugal a propósito do seu último álbum, "Les Retrouvailles".
Este ano não perco Yann Tiersen ao vivo por nada! Vai ser, certamente, um grande espectáculo.

Quem é?

Yann Tiersen, compositor francês, nasceu a 23 de Junho de 1970, em Brest. Entre os 6 e os 14 anos, aprendeu violino e piano. Mais tarde estudou no Conservatório em Rennes. Experimentou uma incursão no Rock mas o seu estilo é bem diferente, sendo mais próximo daquilo a que hoje se chama "new age", com alguns elementos de "post-rock".
Yann Tiersen começou por compor trechos musicais para peças de teatro ou curtas-metragens.
O seu primeiro álbum, "La valse des monstres", foi lançado em 1995. Um ano mais tarde é lançado o "Rue des Cascades", cujo single, com o mesmo nome, é usado no filme "La Vie Revée des Anges".
Em 1998, Yann lança o álbum "Le Phare" e o sucesso começa a surgir.
1999 é um ano cheio, com o lançamento de dois álbuns: primeiro, "Tout est Calme", em Maio. Em Novembro, "Black Session". Dois anos depois, surge "L'absente", um álbum bem diferente dos anteriores com a participação, entre muitos outros convidados (alguns já "habitués" nos discos de Yann), a Orquestra Sinfónica de Viena. No mesmo ano, Yann Tiersen compõe a banda sonora de "Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain". A banda sonora do filme de Jeunet foi a consagração de Yann Tiersen como um dos grandes compositores e músicos da actualidade (é o álbum indicado para quem quer começar a conhecer a sua obra).
Depois disso, Yann Tiersen, que afirma não gostar particularmente de compor músicas para filmes (por todas as limitações que isso implica), compõe a banda sonora de "Good bye, Lenin!", de Wolfgang Becker. "Les Retrouvailles", lançado em 2005, é o seu mais recente álbum.

Yann Tiersen ouve-se com uma leveza que, apesar de tudo, não esconde uma grande complexidade de construção musical. É aparentemente simples, embora seja muito complexo. Equilibra todas as suas influências (rock, folk, minimalista, clássica ou avant-garde...) de forma a criar um género completamente novo e seu, tornando-se mais do que mais um compositor, criando uma identidade facilmente decifrável em cada música.

Ainda nem fui a um e já sonho com o próximo!

Uma incursão a desoras pela internet levou-me até uma notícia capaz de me tirar o sono. Estou eu aqui a contar as horas para ver o Jamie Cullum no Freeport e não é que descubro, no site do próprio, que ele vai estar de volta a Portugal já no dia 27 de Julho?! Muito boooooom!
O motivo deste regresso tão rápido a Portugal é o Cool Jazz Fest, um festival que se realiza em Mafra, Sintra, Cascais e Oeiras.
Jamie Cullum actua em Oeiras. Ainda só consegui encontrar a informação do site de Jamie Cullum uma vez que o Cool Jazz Fest ainda não divulgou o programa para 2005. Mas se o Jamie diz é por que é, não é? E é escusado dizer que já lá estou!

quinta-feira, abril 21, 2005

Cartoon para hoje


cartoon da autoria de Nate Beeler, do "The Washington Examiner".

"O que fiz eu de errado para receber este prémio?"





Foi o que disse António Lobo Antunes (o meu escritor do coração, como todos devem saber) quando subiu ao palco para receber o Prémio de Mérito e Excelência nas Artes, na edição deste ano dos Globos de Ouro.

Como a minha devoção pelo ALA não é maníaca ao ponto de levar com os Globos de Ouro só para vê-lo (mas é maníaca a outros pontos também estranhos...), só hoje fiquei a saber das sempre sábias palavras do Mestre, ao receber o prémio. «Sempre que me dão um prémio, uma distinção, um galardão, o meu primeiro pensamento é o que é que eu terei feito de mal, em que é que eu terei errado».
António Lobo Antunes, o melhor escritor português contemporâneo e um dos melhores do Mundo (e que disto não restem dúvidas) não quer prémios. Muito menos precisa deles.
Deve ter tido piada vê-lo dizer isto (e queria ver a cara do Balsemão). Afinal não é só pela escrita que o admiro...é também por esta imensa capacidade de dizer sempre o que lhe apetece, sem constrangimentos sociais de qualquer espécie. Invejo-o, porque muitas vezes não consigo ser assim.

terça-feira, abril 19, 2005

"Something" more for Rob Thomas


"Something To Be", o primeiro álbum a solo de Rob Thomas, vocalista dos Matchbox 20, chega hoje às lojas. O disco inclui o hit single "Lonely No More", e está repleto de extras que o tornam num dos álbuns obrigatórios deste ano. "Something To Be" é lançado no novo formato DualDisc, o que significa que no lado CD estará o album completo, enquanto que no lado DVD estarão igualmente as 12 faixas, em Multi-Channel 5.1 Surround Sound, juntamente com um documentário "Behind The Scenes" - que conta com imagens das sessões de gravação e composição do disco; uma galeria de fotografia, letras e muito mais. A não perder.

Habemus Papam - «Um humilde trabalhador das vinhas do Senhor»



A espera afinal foi curta: no dia seguinte ao início do Conclave, ficámos a conhecer o novo Papa: o cardeal alemão Joseph Ratzinger, a partir de hoje Papa Bento XVI.
Afinal, contrariamente ao que se dizia, Ratzinger entrou Papa e saiu Papa.

Posso estar enganada e vir a arrepender-me de não estar contente com esta escolha (e, aqui para nós, o cardeal que o anunciou também não estava nada satisfeito). Se isto não for um grande empurrão para o declínio do catolicismo, é, no mínimo, um grande retrocesso em relação ao papado anterior. Mais ortodoxo e conservador, Ratzinger, Bento XVI, é bem capaz de adoptar uma postura que se coloca quase nos antípodas da do anterior Papa, fechando a Igreja Católica dentro dos seus velhos costumes.
Esperemos que não.
Apesar de tudo o que se diz e sabe do alemão Ratzinger, eu até acho que ele tem um ar simpático. Pode ser que ele nem seja assim tão mau. Se for, podemos sempre pensar que ele já tem 78 anos e que o próximo conclave pode estar próximo.

Nem se pode dizer que seja mau jornalismo porque não é jornalismo

O jornal norte-americano Boston Globe, propriedade do The New York Times, publicou uma história inventada por uma das suas jornalistas, Barbara Stewart.
A jornalista, já despedida, relatou uma caça a crias de baleias em Newfoundland, no Canadá, que era para ter acontecido mas foi depois adiada por causa do mau tempo. Ainda assim, Barbara achou que não queria perder a oportunidade de escrever sobre o assunto, e inventou toda a história, com todos os pormenores. Entre esses pormenores, a imaginação de Barbara desencantou o número de caçadores, a idade das crias e ainda uma descrição do local.

Espero que, além do já concretizado despedimento, a jornalista seja ainda penalizada legalmente, por violar o código ético e deontológico do jornalista (concretamente, as leis do órgão de imprensa para o qual trabalhava).

É de lamentar que esta situação seja cada vez mais recorrente. Devem todos lembrar-se, com certeza, de que ainda há pouco tempo, em 2003, foi feito um filme sobre o assunto: "Shattered Glass", de Billy Ray, que relata a história verídica de Stephen Glass, o jornalista da revista New Republic que fabricou muitas das suas histórias e que durante muito tempo permaneceu impune (o jornalista escreveu já também um livro que conta a sua história, intitulado The Fabulist. Ou seja, conseguiu fazer ainda mais dinheiro à custa da sua longa mentira).
Relembro ainda histórias como a de Janet Cooke, a jornalista do Washington Post que ganhou o Prémio Pulitzer com uma história inventada ou de Jack Kelley, do USA Today, que também inventou quantidades substanciais de informação até ser descoberto, em 2004.
Barbara Stewart não foi a primeira a ser apanhada a inventar no Boston Globe: relembro nomes como Patricia Smith ou Mike Barnicle que também inventaram notícias enquanto trabalhavam para o mesmo jornal.

Port Moresby porque sim e por mais nada

Este é um post sobre a Papua e respectiva capital, Port Moresby.
Não há ninguém que saiba da existência deste blog e que não me pergunte de onde vem o nome. Não é nada demais. É só porque, apesar de não conhecer (ah mas um dia...), a Papua, por vários motivos, é a minha ideia de paraíso. E era isso que eu queria que o blog fosse quando o criei e baptizei.
Para aqueles que ainda me continuam a perguntar «mas que raio de nome de blog vem a ser este?» e para aqueles que, mesmo sabendo, queiram saber ainda mais, fica aqui a bandeira da Papua Nova Guiné (que fica lá do outro lado do mundo, como quem vai quase a chegar à Austrália) e um link com todas as informações sobre a Papua, directamente retiradas do precioso World Fact Book da CIA.


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Papua pela CIA: http://www.cia.gov/cia/publications/factbook/geos/pp.html
um link com todas as informações sobre a Papua Nova Guiné. Só falta mesmo lá estar.

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Se quiserem saber mais, o amigo Google é uma boa ajuda para pesquisar sobre Port Moresby. Há vários sites interessantes sobre a Papua e a capital.
Pronto, missão cumprida. Este é daqueles posts que deveria estar sempre aqui em cima mas vale para quem o ler e quiser ficar a saber mais. Pode ser que o vá "reeditando".

Quanto tempo demorará este "semi-conclave-semi-reality-show"?


cartoon de Corky Trinidad, do "The Honolulu Star-bulletin" (11/04/2005)

segunda-feira, abril 18, 2005

This kid can really swing.



São estas as palavras que melhor descrevem o extraordinário appeal de um jovem vocalista de Vancouver, com o dom de fazer de algumas das melhores músicas de sempre inteiramente suas. O seu nome é Michael Bublé (pronuncia-se Boo-blay) e o seu enorme talento é visível através do álbum de estreia "It's Time", da Reprise/143 Records. Mais do que um tributo à era dourada dos grandes clássicos da música, mais do que uma homenagem a uma geração de músicos e compositores: as 13 faixas que compõe o album de Michael Bublé anunciam a chegada de um novo e brilhante talento, que injecta na mais amada e popular música, o toque original de sensibilidade e irreverência de que é dono. Cedo, Michael aborveu os sons de artistas como Ella Fitzgerald, Keely Smith, Sarah Vaughn e Roosemary Clooney, bem como Stevie Wonder, Elvis e Vaughan Monroe.

O resultado foi "It's Time": um grande álbum que reúne grandes temas como "For Once In My Life", "Fever" e "The Way You Look Tonight", com surpreendentes versões de "Moondance" de Van Morrison, "You'll Never Find Another Love Like Mine" de Lou Rawl e uma performance do clássico dos Bee Gees "How Can You Mend A Broken Heart", que conta com a participação dos próprios irmãos Gibb. Indúbitavelmente, Michael confere ao disco o nível de qualidade inerente a si mesmo, ao longo das 13 brilhantes canções. Este não se limitou a aprendê-las e reproduzi-las: vive cada uma delas. Deu-lhes jovialidade, arrogância e ao mesmo tempo simpatia, tornando-as em algo diferente. Bublé está certamente no início de uma grande e longa carreira, sendo dono de um repertório considerado intemporal, que "pode bem durar-lhe durante 50 anos" - aponta o seu produtor David Foster, vencedor de incontáveis Grammy's e executivo da Warner Bros. Records.

50 anos de swing. Não podia ser melhor, podia?

domingo, abril 17, 2005

IndieLisboa 2005



O IndieLisboa 2005, 2º Festival Internacional de Cinema Independente, decorre, em Lisboa, entre os dias 21 de Abril e 1 de Maio. Os lugares das sessões são o Fórum Lisboa e os Cinemas King.

O Indie é uma oportunidade quase única, por ser infelizmente tão rara, de conhecer filmes de menor visibilidade no mercado (o que muitas vezes não quer dizer menos qualidade).
Este festival tem actividades paralelas à exibição dos filmes, como conversas com realizadores dos filmes em cartaz, debates sobre o cinema e também uma competição de longas e curtas metragens (das curtas metragens presentes no Indie este ano, tenho que destacar a que vi no Cinanima, intitulada "Ryan", de Chris Landreth. Excelente curta de animação).
A programação dos filmes a passar no Indie pode ser consultada no site oficial do festival (ver em baixo). O filme de abertura é "Born into Brothels", de Zana Briski e Ross Kauffman.
Os bilhetes custam 3€ ou 2€ (se tiveres cartão de estudante, entre outras hipóteses) e estão à venda nos locais de exibição.


Visitar o site oficial do IndieLisboa: http://www.indielisboa.com

sábado, abril 16, 2005

C who's back



Com vendas a solo de cerca de 3 milhões de álbuns e uma panóplia de singles no Top 5 e Top 10 que alcançam os 10 milhões de cópias, Melanie Chisholm é uma das maiores artistas britânicas da última década. Incrivelmente, Melanie co-escreveu 11 singles nº 1 no Reino Unido - Mais do que qualquer outra artista na história da música.
Apaixonante e criativo, o seu novo album, "Beautiful intentions", lançado a 11 de Abril, apresenta-se como um genuíno testemunho do seu talento e determinação, e a realização de um sonho. Lançado através da sua própria editora independente, Red Girl Records, "Beautiful Intentions", gravado durante um período de 9 meses, é feito não só de contagiáveis hinos Rock, mas também de temas mais intímos e profundos. "Através deste disco, pretendi mostrar aquilo que melhor faço. Adoro actuar ao vivo, e antes de entrar em estúdio houve a preocupação de partir em digressão para testar aquilo que melhor funcionava e o que público gostava". É perceptível, sem dúvida, que o disco nutre de um grande sentido de coesão, qualidade que Melanie atribui à colaboração com o produtor Greg Haver, cujos créditos incluem bandas como Manic Street Preachers e Catatonia. "Estava bastante nervosa antes de começarmos" - aponta. "Nunca imaginei que se revelasse um processo tão libertador trabalhar sem a influência de uma outra editora" (Note-se que Melanie terminou a sua relação com a Virgin Records, após as vendas de "Reason", de 2003, não terem correspondido às expectativas).
A "dream team" de Melanie C incluía também os músicos que a haviam acompanhado em digressão durante vários anos. A camaradagem que já existia desenvolveu-se durante o processo de gravação tendo, indubitavelmente, afectado o som do disco: um estilo diferente de produção que, segundo Melanie, consistia em focar a parte emocional de cada tema. As imperfeições eram importantes. Apesar do disco possuir uma forma definida e um sentido de unidade, o seu som é variado.
Do ponto de vista lírico, todas as canções são pessoais, não necessariamente confessionais. "Todas as letras que escrevemos estão abertas a diferentes interpretações, mas penso que para além de tudo isso, são grandes músicas". Melanie co-escreve todo o repertório de "Beautiful intentions", à excepção do arrojado primeiro single "Next Best Superstar", escrito por Adam Argyle. Entre as faixas obrigatórias encontram-se "Beautiful Intentions", "Better Alone": que nos fala sobre a desilusão e como lidar com uma perda, fazendo-se acompanhar de uma brilhante melodia e um encantador arranjo orquestral; A voz de Melanie atinge o seu potencial máximo. O contagiante "Last Night On Earth", o compulsivo "You Will See", ao lado de "Little Piece Of Me", e "Take Your Pleasure" apresentam-se como as faixas mais agressivas do album, verdadeiros "crowd pleasers", onde Greg Haver aposta num som mais pesado. Melanie já foi várias vezes elogiada pela crítica, que julga ser no Rock que esta encontra o seu equilibrium musical. (Recorde-se que o primeiro single, "Goin' Down", que data de 1999, surpreendeu os críticos mais exigentes.)
Músicas como "Good Girl" e "Here & Now", conferem ao disco uma atmosfera mais melancólica e introspectiva, sendo que é na última faixa que "Beautiful Intentions" atinge o seu melhor, naquilo que considero ser uma das suas melhores músicas de sempre: "You'll Get Yours". Tudo é perfeito: a letra, a música, a voz está no seu melhor. Os versos ligam-se na perfeição ao refrão, o instrumental é algo espantoso. "You'll Get Yours" culmina ao minuto dois, onde ao som de um pesado "riff", Melanie, agressivamente, exclama: "For all the lies and your manipulations/ for all the times I never felt good enough/ you pushed me 'round and put me down/ to satisfy your childish ego/
for all the times you made me feel worthless/ the power struggles/ now I couldn't care less/ It's after you, there's nothing you can do/ What goes around comes around". Segue-se um brilhante arranjo orquestral, que se aglutina com o refrão - simplesmente genial.

A sua editora, Red Girl Records e o novo album reflectem na sua essência as paixões e influências de Melanie, que está agora a cargo das suas próprias escolhas artísticas e destino. Uma fusão de Rock e Pop, "Beautiful Intentions" caracteriza-se pela distintiva e expressiva voz de Melanie C.

e eu a pensar que o objectivo das notícias era dizer algo de novo!

dizer que o Pinto da Costa esteve directamente envolvido na corrupção de árbitros não me parece ser novidade para ninguém!

sexta-feira, abril 15, 2005

"The Good German"

Parece que hoje todos os meus caminhos vão dar à Alemanha.
George Clooney e Steven Soderbergh, com a sua Section Eight Ltd., vão voltar a trabalhar juntos num filme que se prevê comece a ser rodado em Setembro e lançado em 2006. O título é "The Good German" e a realização está a cargo de Soderbergh, com um elenco que conta com George Clooney e Cate Blanchett.
A história passa-se na II Guerra Mundial e Clooney é um jornalista americano que vai a uma reunião dos Aliados, onde se vai decidir o futuro da Alemanha. No entanto, ele aproveita esta viagem para procurar um antigo amor (Cate Blanchett) e, nessa procura, vê-se no meio de situações perigosas e inesperadas.
Cate Blanchett está, neste momento, a trabalhar em "Babel", o mais recente filme de Alejandro Gonzalez Iñarritu ("Amores Perros" e "21 Grams"), que conta também com a participação de Brad Pitt.
Steven Soderbergh está a fazer "Che", uma "biopic" de Che Guevara, protagonizada por Benicio del Toro.
George Clooney, por sua vez, tem em mãos a realização de "Goodnight, and Good Luck", uma "biopic" de Edward R. Murrow, jornalista da CBS que, nos anos 50, afrontou o senador McCarthy. As "biopics" estão, oficialmente, na moda.

"Das Leben ist ein Baustelle"



Wolfgang Becker é, sem dúvida, mais conhecido pelo seu filme "Good bye Lenin!", de 2003 (um delicioso exemplo de bom cinema). Desde que vi, revi e tornei a rever "Good bye Lenin!" tornei-me uma admiradora confessa de Herr Becker. E hoje vi mais um bom filme do mesmo realizador.

Seis anos antes de "Good bye Lenin!", em 1997, Wolfgang Becker dividiu-se entre os papéis de realizador e co-argumentista do filme "Das Leben ist ein Baustelle" (cujo título em português desconheço mas que em inglês se chama "Life is all you get"). Para além disso, há uma coincidência feliz: ainda há pouco tempo falei aqui do filme "Lola rennt". Pois o outro argumentista de "Das Leben ist ein Baustelle" é precisamente o mesmo de "Lola rennt". Falo de Tom Tykwer. Quem já viu "Lola rennt" sabe o quanto este é um bom motivo para se ver o filme de Becker.
"Das Leben ist ein Baustelle" é difícil de categorizar. É um drama com o qual nos fartamos de rir e uma comédia que quase nos dá vontade de chorar.
Jan, o protagonista, tem aquilo a que podemos chamar, no mínimo, uma vida triste. Tudo lhe corre mal. Perdeu o emprego e o pai e descobre que a ex-namorada tem HIV positivo e que ele pode ter também. A sua vida é um caos, com uma família caótica e totalmente desmembrada. Ainda assim, Jan vai viver para a casa do pai, depois da morte deste, com o seu amigo Buddy. Com o amigo, a grega com quem este tem uma relação e a sua namorada, Vera, Jan tenta ultrapassar os imensos obstáculos que a vida lhe impõe, no seu quotidiano em Berlim.
O filme é protagonizado por Jürgen Vogel (que entrou depois também em "Good bye Lenin!"), Christiane Paul, Ricky Tomlinson e Christina Papamichou.
Este filme é mais uma produção da X Filme Creative Pool (tal como "Lola rennt" e "Good bye Lenin!") e ganhou uma menção-honrosa no Festival de Cinema de Berlim, tendo também sido nomeado para o Urso de Ouro. Ganhou também o German Film Award, entre outros prémios e nomeações.
Vale muito a pena ver este filme, mais uma prenda do cinema alemão, a mostrar ao mundo que a Sétima Arte não se confina ao perímetro hollywoodesco.

24

Uma história aparentemente simples, um thriller que nos deixa pregados à cadeira do primeiro ao último episódio, personagens com consistência dramática e uma série de espionagem como nunca se viu.
O conceito é simples, cada série são 24 episódios de 1 hora cada, perfazendo 24 horas na vida de um agente federal da CTU (Counter Terrorist Unit), Jack Bauer.
Inicialmente esta série pareceu pouco credível, pois era passada em tempo real, uma história quase esgotada pelos filmes e séries anteriores.
A primeira série foi lider de audiências, as pessoas mal podiam esperar pelo episódio seguinte tal era a capacidade de Kiefer Sutherland, tão bem escolhido para o papel de Jack Bauer, de nos fazer parar e seguir com a atenção as suas aventuras. O plot da primeira série é o ponto de partida para todas as outras séries (que já vão em 4), e é sobre a ameaça que a CTU intercepta contra um candidato à presidência dos EUA. O primeiro negro com reais possibilidades de chegar à cadeira de presidente, e tudo isto vai acontecer no dia das primárias na Califórnia. Para piorar a sua filha e mulher são raptadas por quem ele pensa ser os mesmos que ameaçam matar o candidato.

A segunda temporada segue a anterior, com Jack Bauer retirado, mas praticamente obrigado a voltar ao activo. Aqui o candidato da série anterior é já presidente e estão a lidar com uma ameaça terrorista de teor nuclear. Os terroristas ameaçam explodir em solo americano uma bomba nuclear nas próximas 24 horas. Jack Bauer vê-se de novo envolvido, assim como regressam grande parte do elenco da temporada passada.

A série 3, acabou recentemente de ser transmitida na 2, e lida de novo com ameças terroristas, neste caso de teor biológico.
Existe a ameaça concreta de um ataque biológico nas grandes cidades norte-americanas, no qual soltam um vírus mortal sem cura. Nesta série temos um motivo de orgulho, nós portugueses, pois Joaquim de Almeida tem um papel fundamental. E é sempre agradável ver dois actores de grande qualidade a defrontar-se na tela.
Nesta série as coisas são deixadas um pouco caóticas, com algumas das nossas personagens preferidas das séries anteriores a sofrerem grandes reveses. Na imagem seguinte está parte do elenco com o globo de ouro de melhor série na categoria de drama.

A quarta série está no momento a ser transmitida nos EUA, e pouco ainda sei dizer. O presidente já não o é, grande parte do elenco saiu e voltam a estar sob ameaça terrorista.
A série vai sair em DVD a 1 de Agosto, e assim que a tiver visto posso dizer mais alguma coisa sobre ela.
24 é para mim a melhor série de sempre, gosto do enredo, gosto das personagens e dos actores que as interpretam, gosto dos desenvolvimentos e, acima de tudo, da forma diferente e original de que é feita a série.
O filme Phone Booth, teve muita da sua essência baseada nesta série, por ser feita em tempo real. Muitos dizem que 24 foi um desenvolvimento que permitiu grandes alterações no panorama televisivo e também cinematográfico.
Houve também a tentativa dos argumentistas para na 3º série usarem para o argumento o livro Código DaVinci, mas Dan Brown preferiu vender os direitos do livro para um filme e ganhar mais dinheiro.
Mesmo assim 24 é uma das melhores série da actualidade e a 5 está já em preparação. Eu não me importo particularmente pois gosto muito da série, e se ALIAS tem tantas, o 24 também pode!

quinta-feira, abril 14, 2005

Lost

Só posso ficar contente com o facto da série "Lost" estar a passar em Portugal, na RTP1, e, ainda por cima, a horas decentes (Domingo à tarde).
Em Portugal ainda está tudo um bocadinho atrasado (nisto como em tudo) e, agora que já vou no episódio 20 (sendo que a primeira temporada está quase no fim), consigo avaliar ainda mais a qualidade desta excelente série que recomendo a todos (se bem que sei muitos de vocês também a seguem).
É uma das melhores séries dos últimos tempos, bem trabalha, complexa, meticulosamente intricada e surpreendente. Aqueles que ainda não viram, não percam os episódios na RTP1 e depois não digam que, de vez em quando, a televisão portuguesa não nos dá coisas boas!
Uma vez que já aqui fiz um texto sobre a série, não vou dar mais dados sobre ela pois seria repetitivo. Para aqueles que quiserem saber mais, sigam o link abaixo, para lerem o texto sobre a série, publicado em Port Moresby a 20 de Março de 2005.

Ler o que se disse sobre "Lost" em Port Moresby


quarta-feira, abril 13, 2005

Blog.com.pt

Blog.com.pt é o novo directório de blogs portugueses. Registei lá o Port Moresby hoje e deu-me para pensar que, de cada vez que registo o PM em algum lado, fico sempre com uma grande dúvida quando chego à parte da descrição do blog.
Mas afinal isto é o quê? Em que categoria se encaixa este blog? Tem dias de blog pessoal, dias de blog cultural, dias de blog político, dias de blog de sociedade, dias de blog de humor... enfim, acho que é uma amálgama de todas estas coisas (ou não fossemos nós também o mesmo) e assim, fico sem saber onde encaixá-lo. Portanto, decidi que não ia renegar o meu pobre blog para a secção de "outros" e encaixei-o na secção de cultura. Afinal de contas, tudo isto é cultura.

terça-feira, abril 12, 2005

From London with love



Foi nos velhos tempos de escola que Tom Chaplin (voz), Tim Rice-Oxley (piano) e Richard Hughes (bateria) formaram os Keane. Em 2002, após um período de tempo a aperfeiçoar o som que criaram, os Keane decidem que é tempo de voltar à estrada, e àquilo que mais gostam: os concertos. Foram agendadas três actuações em conhecidos bares, e foi no Betsey Trotwood que Simon Williams, da Fierce Panda, os descobriu e desafiou com o lançamento de um single.
A escolha foi a majestosa "Everybody's Changing", gravada sem qualquer custo para a banda. Quer para os Keane, quer para a editora, a sensação de que tinham um estrondoso êxito nas suas mãos era unânime. Logo de imediato o single despertou a atenção de todos aqueles que o ouviram. Steve Lamacq, da BBC Radio, elege "Everybody's Changing" como uma das melhores músicas alguma vez feitas na Fierce Panda - nada mau para uma editora que albergara os primeiros trabalhos de bandas como Coldplay, Idlewild e Supergrass. Descrevendo a banda como "Coldplay meets Beautiful South", conferiu ao single grande airplay no seu programa, convidando-os para uma sessão na BBC 6Music. Logo de imediato, foram convidados por outras rádios britânicas para tocar nos seus respectivos estúdios. Entretanto, o Sunday Times afirmava que os Keane eram responsáveis por "três minutos e meio de brilhante música Pop" e a NME escrevia que "Everybody's Changing" era "indisputávelmente poderosa".
O que é realmente notável nos Keane, apesar de todas as comparações e grandes elogios que receberam, é o facto de a sua música se destacar no panorama musical contemporâneo. "A nossa música contém temas universais e são emotivas", aponta o pianista Tim. " As pessoas querem sentir emoção, e isso tornou-se em algo raro hoje em dia. Penso que não há muitas bandas a fazer música que na realidade não significa nada. Não há algo com que nos identifiquemos".
A carreira dos Keane mostrava-se promissora, com o início da sua primeira digressão pelo Reino Unido. Tom, Richard e Tim tocaram por todo o país para audiências de 5 a 300 pessoas. Nâo haviam grandes semelhanças entre os Keane e as outras bandas, pois não existia um guitarrista. Este facto, segundo Tim, "não foi uma decisão consciente", e custou-lhes algumas críticas negativas. Chegada a Primavera de 2003, era tempo de continuar em digressão, e as editoras começam a fazer as suas propostas. A banda ansiava pela possibilidade de fazer o disco certo com as pessoas certas, já que o seu objectivo era fazer a música chegar ao maior número de pessoas possível - foi com esse espírito que a Island Records os acolheu. Com uma brilhante performance na Reading and Leeds Carling Weekend, o segundo single "This Is The Last Time" foi calorosamente recebido.
"Todos me dizem que gostavam de voltar aos aos anos '60", afirma Tom. "Mas somos felizes onde estamos. "Também gostamos das bandas Rock do passado, mas temos agora a chance de nos juntarmos a eles. A música é intemporal, não passa de moda." Após o lançamento do aclamado "Hopes and Fears" e mais dois singles - "Bedshaped" e "Somewhere Only We Know" - os Keane apresentam-se como uma das maiores promessas da Pop/Rock na Europa, e provavelmente, no mundo.

Gatas borralheiras??


Cartoon de John Trever, do Albuquerque Journal (cartoon de 7 de Abril de 2005)

Oh xôtor, quais os riscos de passear pelo ciberespaço?

Por exemplo, pode sempre dar de caras com blogs como este: Sou burro. A sério, é um blog divertido e interessante.

E podemos jogar à sardinha sem ficar com as mãos a arder (o que não tem metade da graça!): Operation Slaps.

Epá que chato!

Depois de fazer o mundo chorar baba e ranho com um pseudo-filme que não era mais que uma sessão de espancamento a um pobre homem e depois de se ter ouvido falar (ainda não sei se é certo ou não) num filme sobre Nossa Senhora de Fátima, agora Mel Gibson, o pregador chato, quer fazer um filme sobre João Paulo II. O homem ainda nem arrefeceu!
Preferia mil vezes o Mel Gibson do "Mad Max" e dos "Arma Mortífera"... para este Mel Gibson, o beato, não tenho a mínima paciência!

Fonte consultada: Diário Digital

Observação

reparei agora que o número de visitantes nocturnos em Port Moresby é muito maior do que durante o dia. Não que isto tenha alguma coisa de especial, é uma mera constatação de quem já deveria estar a dormir há várias horas...

Now I'm scared!

Estes testes malucos, feitos a estas horas indecentes, só podem dar mesmo resultados da treta...
Eu sou normal, eu sou normal, eu sou normal!
Há que levar em conta que o teste era estúpido ao ponto de fazer perguntas do tipo "consegues enrolar a língua?" ou "já fumaste erva?". Mas pronto... quando acharem que eu sou doida por fazer estes testes, pensem que podia ser pior: podia realmente estar a fumar erva ou a tentar enrolar a língua (by the way, não consigo!).





You Are 45% Normal

(Somewhat Normal)









While some of your behavior is quite normal...

Other things you do are downright strange

You've got a little of your freak going on

But you mostly keep your weirdness to yourself




How Normal Are You?

segunda-feira, abril 11, 2005

Sempre fui feliz com pouco (embora sempre tenha tido muito)



Acho que ando numa de voltar ao passado (é o que acontece quando o presente é uma seca) e recordar as coisas que mais me alegraram a vida. Por ter ainda 20 anos, o meu passado é apenas a minha infância, uma infância que foi povoada de coisas boas, que ainda hoje, só de pensar nelas, me fazem sorrir.
Hoje lembrei-me de que era capaz de passar tardes e tardes e tardes a ler os livros da turma da Mônica, da autoria de Maurício de Souza (a única BD que algum dia realmente me interessou, lamento dizê-lo) e isso é que eu adorava cada um dos quadradinhos! A devorar revistas àquela velocidade, é claro que não havia trocos de menina pequena que sustentassem o vício. Felizmente, tinha uma tia generosa que lá ia fomentando o vício e um pseudo-balcão num vão de escada mal cheiroso que me trocava livros da Mônica por outros que eu ainda não tivesse lido.
Para aí há três anos atrás lembrei-me disso e comprei 2 ou 3 revistas da Mônica para ver como aquilo andava. A resposta foi óbvia: eu continuei a crescer sem parar mas os meus amigos da Rua do Limoeiro pararam algures nos 6 anos de idade e continuam a brincar como nunca. E eu continuo com saudades.
Acho que agora, com 20 anos, no intervalo de leituras adultas (e aborrecidas), vou continuar a refugiar-me naquele grupo, e brincar como se tivesse para sempre 6 anos.



mais info.: www.monica.com.br

p.s.: Consigo compreender aqueles que consideram esta uma BD básica. É porque não cresceram com ela e não conseguem compreender o quanto ela ajuda à formação daqueles que a lêem. É muito mais do que um grupo de simples bonecos de miúdos mais ou menos disformes, com histórias previsíveis e características esquisitas.

Li com interesse

o texto de hoje no 3tesas não pagam dívidas, intitulado "Em busca da mais antiga das línguas". Se quiserem seguir esta sugestão, cliquem aqui.

Citação

The Four Levels of Comedy: Make your friends laugh, Make strangers laugh, Get paid to make strangers laugh, and Make people talk like you because it's so much fun.


Penso que o que Seinfeld diz aqui é que, no fundo, o estado máximo de um comediante (e eu acrescento: de qualquer artista) é criar a sua própria identidade. Não ser apenas aquele que diz piadas que fazem rir. Ser o Jerry Seinfeld, comediante que criou um estilo próprio, inconfundível e admirado por todos. E, apesar de serem só quatro os degraus, é uma escalada difícil (impossível para a maioria, até).

Talvez seja a isto que se chama um site completo

mas, apesar do Imdb ser um site excelente e uma referência para qualquer pessoa interessada em cinema ou séries de televisão, talvez isto seja ir longe demais. Who cares about the portuguese Pop Idol? Aquilo tem realmente links sobre cada um dos concorrentes!
Mil vezes o Ídolos que vem no DVD do Shrek 2...

domingo, abril 10, 2005

Xii.. do que eu me lembrei...

Apetecia-me encontrar os livros do Wally que tinha (mas isso implica desarrumar o quarto e não tenho paciência). Para isso, e para outras coisas, a Internet é uma boa amiga. Tenho pena de não ter encontrado um site que substitua os livros que não encontro, mas encontrei algumas (poucas) coisas, como este blog ou esta página sobre o Wally, de onde roubei esta imagem:



Haja alguém a sentir-se agora mais perdido do que eu...

Resolução do dia

Nunca mais insulto o Pedro. É que ele afinal não é assim tão asqueroso e nojento um vez que até me arranjou bilhete para ir ver o meu adorado Jamie Cullum, dia 23 deste mês, ao Freeport de Alcochete! Thanks, thanks, thanks!
Parece que vou ter mais uma oportunidade de ver Jamie Cullum ao vivo, depois daquele momento tão fugaz, a 25 de Abril do ano passado, quando fui assistir ao Herman Sic.



Twenty Something, Jamie Cullum

«After years of expensive education
A car full of books and anticipation
I’m an expert on Shakespeare and that’s a hell of a lot
But the world don’t need scholars as much as I thought
Maybe I’ll go travelling for a year
Finding myself, or start a career
Could work the poor, though I’m hungry for fame
We all seem so different but we’re just the same
Maybe I’ll go to the gym, so I don’t get fat
Aren’t things more easy, with a tight six pack
Who knows the answers, who do you trust
I can’t even seperate love from lust
Maybe I’ll move back home and pay off my loans
Working nine to five, answering phones
But don’t make me live for Friday nights
Drinking eight pints and getting in fights
Maybe I’ll just fall in love
That could solve it all
Philosophers say that that’s enough
There surely must be more
Love ain’t the answer, nor is work
The truth elludes me so much it hurts
But I’m still having fun and I guess that’s the key
I’m a twentysomething and I’ll keep being me»

Não me venham com essas tretas de ele ser «a Norah Jones no masculino» e cenas do género. Tomara a desgraçada da Norah Jones ter 1/3 do talento deste mocinho!

(fotografia roubada descaradamente do site do Jamie)

Parabéns, avó!

Hoje faz anos a melhor avó do Mundo. E não há aqui hipérbole nenhuma.

sábado, abril 09, 2005

E eu acho muito bem!

«I don't want to achieve immortality through my work. I want to achieve it through not dying.»

Woody Allen

"Before Sunset" (2004) - E se tivesses uma segunda oportunidade?



Deveria ter saído na 4ª feira, 6 de Abril. Não saiu. Nervos!! Se fosse o "spiderman" ou qualquer treta do género teria saído no dia certo! Mas não: o DVD região 2 de "Before Sunset" só saiu em Portugal ontem, 6ª feira. Três dias de peregrinações à FNAC e finalmente já tenho o DVD nas minhas mãos. É claro que já o vi e é claro que adorei (não sei se mais do que adorei o primeiro, o "Before Sunrise").
"Before Sunset", realizado por Richard Linklater e escrito a três mãos, pelo realizador e pelos dois protagonistas, Ethan Hawke e Julie Delpy, foi nomeado para um Oscar e para um Urso de Ouro em Berlim, entre outros prémio.

O Oscar para o qual este filme foi nomeado foi o de "Best Adapted Screenplay". No entanto, este filme não é baseado em nenhum texto já existente. Contudo, o livro de regras da Academia dita que todas as sequelas são adaptações.

O filme, filmado em Paris durante 15 dias, é a sequela de um outro filme, "Before Sunrise", rodado em 1995. Os protagonistas deste 1º filme, Celine e Jesse, reencontram-se 9 anos mais tarde, em Paris e a história desenrola-se num fim de tarde, o tempo de que Jesse (escritor) dispõe antes de apanhar o avião para os EUA.
"Before Sunset" é, tal como o fora o seu antecessor, um filme assente em diálogos. O espectador continua neste filme a experimentar a sensação de voyeurismo que tinha sentido no filme anterior, como se se estivesse a intrometer em algo que não era da sua conta.
É brilhante.

quarta-feira, abril 06, 2005

What gender is your brain?

Deverei ficar assustada com o resultado?





Your Brain is 60.00% Female, 40.00% Male



Your brain is a healthy mix of male and female

You are both sensitive and savvy

Rational and reasonable, you tend to keep level headed

But you also tend to wear your heart on your sleeve



What Gender Is Your Brain?

Um dia ainda escrevo para a "Maria"... e a culpa é destes testes malucos que pessoas como eu gastam tempo a preencher... tudo para se descobrir que sou quase um híbrido! blegh...

Este circo mediático

a que tenho assistido nos últimos dias em torno da morte de João Paulo II é uma coisa que, enquanto estudante de Comunicação e aspirante a jornalista (num futuro que espero bem próximo), me aflige muito e me faz pôr em causa muitas coisas.
É claro que tenho plena consciência de que muito daquilo que se prega nas Universidades, sobre a objectividade e a ética e tudo isso é muito diferente na prática. Ainda assim, não deixo de ficar desiludida pelo tipo de jornalismo a que assisto diariamente. E pelo que tenho visto, nem se pode dizer que seja um problema português. É assim em todo o lado.
É triste ver que o jornalismo pode ser tão mau que ultrapasse os limites do respeito e da dignidade. E é também triste ver notícias como esta e saber que os órgãos de comunicação se atropelam para serem os primeiros a darem uma notícia. Lembro-me de que, antes da morte do Papa, essa morte foi veiculada por uma série de agências noticiosas, ao mesmo tempo que outras tantas desmentiam a mesma notícia. Coisas como estas são tudo menos informação.

Este é só um desabafo de alguém que, um bocado enfurecida com o mundo, cada vez parece saber menos o que quer.

terça-feira, abril 05, 2005

Ricky Gervais e Stephen Merchant com nova série



A dupla de criadores da genial comédia britânica "The Office" (acho que nunca me vou cansar de elogiar esta série, a sua genialidade e a sua originalidade), Ricky Gervais e Stephen Merchant, vai lançar uma nova série. É já neste Verão, na BBC Two.
A série chama-se "Extras". Na série, Gervais (o patrão David Brent de "The Office") é Andy Millman, um homem que desiste do seu emprego comum para tentar ser actor. É claro que pelo caminho encontra muitos obstáculos. Andy nunca consegue nenhum papel e perde-os sempre para grandes actores, tipo Robert DeNiro. Mesmo assim, Andy não se convence e acredita que os outros "tiveram apenas sorte".
A série conta com participações semanais de diversos actores, como Ben Stiller, Kate Winslet ou Samuel L. Jackson.
A questão agora é: para quando esta série em Portugal (e não digam que não há lugar para ela porque, para além dos canais por cabo, há a Britcom na :2).

Informações adicionais:

Um boa notícia



A SIC vai exibir a série americana "Desperate Housewives" que tanto sucesso está a fazer nos Estados Unidos (e que boa que parece ser para quem, como eu, ainda só viu algumas imagens e entrevistas com as actrizes).
A série foi criada por Marc Cherry e conta com participações de Teri Hatcher (de "Spy kids" e "Tomorrow never dies", por exemplo), Felicity Huffman (a Cynthia do filme "Magnolia"), Marcia Cross, Eva Longoria e Nicolette Sheridan, entre outros.
A série, no ar nos EUA desde Outubro de 2004, é uma típica "soap opera" que revela o lado negro das vidas aparentemente normais, equilibrando doses de drama e humor na proporção ideal.
O DVD da primeira temporada sai a 20 de Setembro deste ano. Enquanto isso, esperemos que não demore a estrear na SIC (que já nos presenteia com algumas boas séries como CSI) e que "Desperate Housewives" não ande a saltar de horário em horário, como tantas vezes acontece aos bons programas.
Mais não digo antes de ver a série.

Só para relembrar

que é já nos dias 29 e 30 deste mês que Paul Auster vai estar em Portugal. No segundo dia, o autor vai estar na FNAC do Chiado, na iniciativa "Universo Austeriano", para falar da sua vida e obra, e da relação entre estas.

(Re)ler sobre Paul Auster em Port Moresby

segunda-feira, abril 04, 2005

A rádio é também para quem não ouve

A TSF vai emitir, na próxima 5ª feira, das 8h às 22h, a primeira emissão de rádio para surdos em Portugal.
Estranho? Não, pelo modo como a emissão vai ser emitida: o público surdo poderá acompanhar a emissão da TSF através do endereço capacidades.org.pt, onde todos os sons serão traduzidos para a Língua Gestual Portuguesa. Os surdos poderão acompanhar a emissão da TSF, de onde se destaca, para esse dia, o relato do jogo Newcastle-Sporting.
Um iniciativa interessante. Esperemos que não seja pontual (apesar de ser óbvio que é algo que implica uma grande coordenação de esforços).

"Até quando?" - Gabriel, o Pensador

Em dias como os de hoje, em que o mundo não me inspira, "roubo" a inspiração que outros têm. Hoje lembrei-me de Gabriel, o Pensador (há tanto tempo que não oiço Gabriel...) e de como as suas letras, por pobres que às vezes possam parecer, estão tão cheias de significado. Deixo aqui uma, não a melhor (nem sei qual é ela) mas uma das mais conhecidas e melhores.



"Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada, até quando vai ficar sem fazer nada"

sábado, abril 02, 2005

Ou muito me engano ou isto não é bonito

Na revista "Courrier Internacional", cujo nº 0 acompanha hoje o jornal "Expresso", vem um perfil do fotógrafo do Papa, Arturo Mari. O artigo é do jornal britânico "The Guardian".
O jornalista inicia o perfil colocando uma série de questões sobre quem terá mais acesso ao Papa. Para se referir ao fotógrafo sobre quem será feito em seguida o perfil, é usada a seguinte expressão: «este desconhecido com ar de cão espancado».
Arturo Mori é, como mais à frente no artigo é dito, fotógrafo pessoal do Papa (calcula-se que tenha tirado 5 milhões de fotos de João Paulo II) e director do serviço de fotografia do "Osservatore Romano", o jornal do Vaticano. Acho que por estes, entre muitos outros motivos (como o facto de ser um ser humano e não um cão espancado), merecia um pouco mais de respeito.

O Expresso

está, como dizia no "Inimigo Público" de ontem, «obeso mórbido», agora com mais uma revista: a "Courrier International". Do pouco que tive ainda tempo de ler (é a preguiça de um Domingo de chuva...), o número zero desta revista parece interessante.

Aventuras na blogosfera

Dois blogs que só agora descobri: conversas de café e o vizinho.

Para além disso, no fundo da barra lateral está o tradutor do Babel Fish para traduzir (tão mal quanto é possível que uma tradução literal e automática seja feita) esta humilde página. As coisas que uma pessoa descobre quando passeia pela internet em noites de insónias...

sexta-feira, abril 01, 2005

"Beautiful Intentions" de Melanie C, a 11 de Abril.



A consagrada carreira a solo de Melanie C dá um enorme passo em frente, com o lançamento do seu terceiro disco de originais, "Beautiful Intentions". Mostrando mais uma vez um genuíno testemunho do seu talento e a realização de um velho sonho, o album será lançado através da sua própria editora independente , Red Girl Records, no próximo dia 11 de Abril, sendo que o primeiro single, "Next Best Superstar", chegará às lojas na próxima Segunda-Feira.

"Beautiful Intentions" foi gravado durante um período de nove meses e é, indubitavelmente, um disco concebido para agradar ao grande público, carregado não só de potenciais hinos Rock, mas também de temas mais intímos e pessoais. O factor "Live" foi levado bastante a sério, o que levou Melanie e a sua banda a embarcar numa pequena digressão pelo Reino Unido antes de entrar em estúdio. É notável o sentido de coesão de que o disco nutre, algo que se atribui à produção de Greg Haver, cujos créditos incluem bandas como os Manic Street Preachers, Super Furry Animals e Catatonia.

Aquando do lançamento de "Beautiful Intentions", a respectiva crítica será concebida e publicada em Port Moresby.

UM GRANDE HOMEM



O Mundo tem poucos grandes homens. A Igreja Católica ainda menos. Esta é uma grande perda, não apenas para os católicos mas para o Mundo. Mas não é um motivo de tristeza. Sem egoísmos, é melhor ter partido. Que descanse em paz.

(há lamechices necessárias e justificadas. Eu admiro este homem, mesmo com tudo o que penso a respeito da instituição que é a Igreja Católica. Se a Bondade, enquanto essência, existe, Karol Wojtyla é a personificação dessa Bondade).

Já agora, aproveito para pôr tudo na mesma "posta" (se bem que isto dava toda uma outra "posta") e dizer que o circo mediático montado em torno da situação do Papa é muito triste. Falta aqui qualquer coisa nesta cobertura mediática e na maneira como se conduzem as operações. E parece-me que o que falta é respeito pelo Papa. Só que é um desrespeito mascarado de homenagem e atenção. O que é ainda pior.

Bill Bryson - o tal que é mesmo um cidadão do Mundo



Hoje resolvi falar aqui de um escritor que é para mim um dos mais importantes da actualidade, pelo seu contributo para a difusão das diferentes culturas, pela sua escrita optimista, bem-disposta e interessante e pelos seus livros que são verdadeiras enciclopédias.
Bill Bryson nasceu em Des Moines, (Iowa, Estados Unidos da América) em 1951 mas foi em Inglaterra que conheceu a mulher, em 1973, acabando por fixar-se nesse país, onde trabalhou numa instituição para doentes mentais enveredando mais tarde pelo jornalismo. Tornou-se editor-chefe da secção de negócios do "The Times" e também do "The Independent".
Em 1987 decidiu abandonar o jornalismo e em 1995 a resolução foi a de voltar aos EUA. Só que em 2003 decidiu tornar a mudar-se com a família para Inglaterra.



Bryson é portanto, um jornalista e escritor. E tantos que há que o são... Mas o que distingue Bill Bryson, para além da qualidade da sua escrita, é o facto de os seus livros serem mais do que meros exercícios de expressão, sendo autênticos legados de informação preciosas acerca dos países e das suas culturas. Ler um livro de Bryson é viajar por um país inteiro, de braço dado com o melhor dos guias, que nos dias ao ouvido o que de mais interessante há para conhecer.
Bryson é, essencialmente, um escritor de viagens. Mas não só. Para além de ter livros sobre vários países, tem também livros sobre a língua inglesa e o mais recente "Breve história de quase tudo", um best-seller sobre isso mesmo: quase tudo. Os aspectos mais interessantes da ciência e da evolução do mundo, contados de maneira fundamentada e bem-disposta.
Este último livro valeu-lhe, para além do reconhecimento mundial do seu talento, o Aventis Science Book Prize.
Para além deste e de outros prémios, Bryson viu o seu livro "Crónicas de uma pequena ilha" ser escolhido pelos ingleses como o livro que melhor descreve a identidade inglesa e o estado da nação.
Para além dos dois já mencionados, Bryson editou livros sobre os EUA ("Made in America", agrupado também na categoria de livros sobre a língua inglesa, pela enorme quantidade de informações que dá sobre o assunto, e outros livros sobre os EUA), sobre a Austrália ("Down under"), sobre a Europa ("Neither here nor there"), sobre África ("Bill Bryson's African Diary", um livro escrito em colaboração com a associação Care International, para a qual revertem os lucros do livro), uma autobiografia ("I'm a stanger here myself") e os livros sobre a língua inglesa como "Mother Tongue" ou "Bryson's Dictionary of Troublesome Words".
Por ter lido quase todos (à excepção dos três últimos mencionados), é muito difícil eleger um favorito. Apontaria para a "Breve história de quase tudo", pela densidade de informação disfarçada por uma escrita cheia de energia, "Made in America", pelas descobertas interessantes que fiz ao ler o livro e "Down under" ("Na terra dos cangurus" é o título em português), pelo meu interesse pessoal pelo continente relatado.

Capas de alguns dos livros de Bill Bryson editados em Portugal



O livro actualmente em destaque em Port Moresby (por ocupar os meus dias) é precisamente o mais recente de Bryson: "Breve história de quase tudo".
Não deixem de ler ou estarão a passar ao lado de alguns dos aspectos mais interessantes do mundo. E sabem aquela ideia (parva) de que a literatura é uma coisa chata e aborrecida? Esqueçam completamente...

Obrigada

aos blogs Almocreve das Petas e Do Portugal profundo pela inclusão de Port Moresby nas listas de links.