segunda-feira, fevereiro 28, 2005

He's back!

João (now aka JPM...apparently!) is back to Port Moresby. Espero que desta vez com uma contribuição mais activa do que da última vez (as suas teorias são verdadeiramente impagáveis). Welcome back! Vou ficar à espera dos teus posts...
Lá se vai o tempo em que este era o MEU blog. E ainda bem. As contribuições só o melhoram. Thanks Guida! Pedro Quintino and JPM: what are you waiting for?

Ah pois é, ah pois é...

Senhor Clint levou dois (e parece que nem assim o scorsese percebe que com o diCaprio não ganha) e, para quem não apostava no The Eternal Sunshine of the Spotless Mind, aí está a tão merecida estatueta para melhor argumento original. O senhor Kaufman é grande...
O grande candidato é que acabou por só ganhar os óscares técnicos (que, convenhamos, não interessam tanto à maioria).
Gostei.

sábado, fevereiro 26, 2005

DC Comics Rules!

Para quem não sabe o filme Constantine é baseado na BD da DC Comics, Hellblazer. Apareceu pela primeira vez em 1985, John Constantine conseguiu o seu primeiro comic em 1988 pelas mãos de Alan Moore, um dos mais geniais criadores de banda desenhada (os melhores comics de Batman são dele). O filme é muito bom, tendo em conta a sua base e os criticos já o equiparam a Blade como um dos melhores e mais bem sucedidos adaptações de banda desenhada! Isto apenas até Julho deste ano, porque é aí que estreia um dos melhores filmes do ano: Batman Begins.
Batman Begins, pelas mãos de Christopher Nolan (Memento; Insomnia) será muito provavelmente o melhor filme da série, melhor mesmo do que Batman e Batman Returns de Tim Burton e fará, sem dúvida nenhuma, esquecer a desgraça que foram as adaptações de Joel Schumacker (a única coisa decente que fez foi Phone Booth).
Já para não falar num elenco extraordinário, Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Ken Watanabe, Morgan Freeman, Gary Oldman, Cillian Murphy e Katie Holmes, entre outros, e num script que nos faz desejar ir já para um cinema e ver a maravilha de filme que vai sair da mente de Christopher Nolan e de David Goyer (se alguém tiver interessado no script eu posso enviá-lo por mail).
Outra das grandes obras-primas que vão estrear este ano no âmbito da BD (ainda na DC) é claro Superman Returns! Com realização de Bryan Singer (X-Men; X-Men 2) e apresentando Brandon Routh como Clark Kent/Superman e Kevin Spacey como Lex Luthor.
Tudo isto para concluir que os comics da DC são de melhor qualidade que os da Marvel e que, só nestes dois últimos filmes, a Warner espera fazer em todo o mundo cerca de 1 bilião de dólares(?)!!
Para quem quiser saber mais sobre Batman aqui está o site: www.batmanbegins.com
Em relação ao Superman vou mantendo Port Moresby informado.
3 e meio para Constantine

Charlie and the Chocolate Factory

«Chewing gum is really gross. Chewing gum I hate the most.» LOL tinhas razão, margarida, belo trailer. Acabei de vê-lo. E o filme deve ser ainda melhor. Ou não estivesse lá o Johnny Depp, ou não fosse do Tim Burton... Pena que ainda falte tanto tempo!

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Coisas de que gosto e das quais já não me lembrava há muito tempo

Já lá vão um par de aninhos desde que me tornei uma Bookcrosser (um dos cerca de 330.000 membros do Bookcrossing).
Com o passar do tempo, com tantas coisas para fazer e tantas coisas em que pensar, fui deixando o bookcrossing para trás e, de repente, uma actividade que iniciei com tanto entusiasmo (cheguei a ir de propósito ao Saldanha buscar um livro, que afinal já nem estava lá...), ficou esquecida.
Agora voltei a lembrar-me do bookcrossing e do quanto é importante praticá-lo da forma mais activa possível. Importante para mim (que leio coisas que de outra forma não leria) e para os outros, com quem partilho os meus livros (livros que podem dar à volta ao mundo várias vezes e inspirar várias pessoas).
Estou decidida a reiniciar a minha actividade de bookcrosser. Acho que todos os amantes da leitura deveriam fazê-lo também. É simples. E de uma maneira simples mudamos o mundo, espalhamos conhecimento e cultura, e recolhemos conhecimento e cultura na mesma proporção. Dar e receber um dos nossos bens mais preciosos. A toda a gente. Em qualquer lado.
Os interessados não deixem de se registar no site e começar já à procura de livros e a distribuir livros (quem sabe se o livro que largarem não volta para vocês e tudo...).

Coisas de que gosto, 1


coisas simples. Um café, num sítio agradável, com uma boa companhia. Uma conversa que corre naturalmente, sem necessidades de forçar assuntos, de fazer perguntas em cujas respostas não estamos realmente interessados... Sentir o tempo passar devagar e com a certeza de que não deveria passar de nenhuma outra forma.
Hoje foi assim. Devia ser sempre.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Citação

«Books are born out of ignorance, and if they go on living after they are written, it's only to the degree that they cannot be understood.»

AUSTER, Paul. Leviathan, Faber and Faber, London, 2001. P.36

Um elogio

à qualidade do filme Constantine, cujo género não é, habitualmente, do meu gosto. No entanto, este filme, sobretudo pela sua qualidade visual, agradou-me bastante. Não diria que é um excelente filme, mas sim um filme bom, um "filme a ver". Para além do mais, tem o Keanu Reeves, esse senhor...
Esta moda de fazer filmes a partir de história da Banda Desenhada está a dar alguns bons frutos.
Mas, pronto, não digo mais nada. Fico aqui à espera da crítica da Guida.

Lançamento do livro A voz secreta das mulheres afegãs

A editora Cavalo de Ferro vai lançar, no próximo dia 10 de Março, o livro A voz secreta das mulheres afegãs – o suicídio e o canto, da autoria do poeta afegão Sayd Bahodine Majrouh. A sessão de lançamento decorrerá no Fórum Fnac do Centro Comercial Colombo, pelas 18h30 e conta com a participação da tradutora portuguesa do livro, a poetisa Ana Hatherly bem como dos editores da Cavalo de Ferro, Hugo Xavier e Diogo Madre Deus.
A sessão, de entrada livre, contará também com a projecção de excertos de um filme da National Geographic (o documentário A menina afegã).
O livro desvenda os segredos contidos nos gritos das mulheres afegãs, até então considerados sem significado, agora apresentados como a expressão de uma linguagem secreta feminina, usada para fazer discursos de ódio, amor, erotismo ou escárnio. São vozes proferidas em segredo e à revelia da cultura masculina dominante no Afeganistão e no mundo islâmico em geral.
De acordo com o editor da Cavalo de Ferro, Hugo Xavier, a editora, tenta, sempre que possível, trazer cá o autor do livro. Neste caso é impossível dado que ele foi morto logo a seguir a ter entregue o manuscrito do livro.
A Cavalo de Ferro prossegue, com a edição de mais este livro, com a sua tentativa de trazer para o mercado português autores que de outro modo dificilmente chegariam até ao público. Este ano conta ainda com livros de autores como Tahar Ben Jelloun, Ana Blandiana, Dino Buzzati ou Adolfo Bioy Casares.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Um grande LOL para o Luís Delgado

http://dn.sapo.pt/2005/02/23/opiniao/pedro.html

quase que choro, de tão comovida...

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeelp!!

Amigos, renovo o meu apelo:

acaba na sexta feira o prazo de entrega da minha reportagem sobre os jornais gratuitos. Preciso de opiniões! Digam-me se os lêem ou não, porquê, qual a vossa opinião, liam jornais pagos antes, deixaram de comprá-los por causa dos gratuitos... digam-me coisas!!
Obrigada

The Oscars

Os prémios máximos da indústria cinematográfica estão quase a chegar, próximo domingo dia 27.
Os oscares todos os anos movimenta multidões e segura espectadores à frente da tv por todo o mundo! Gostaria de lançar aqui em portmoresby um desafio, fazer apostas em relação aos vencedores nas principais categorias e podemos assim discutir os nomeados e consequentemente os vencedores.
Os nomeados na principais categorias são:

Best Picture
The Aviator
Finding Neverland
Million Dollar Baby
Ray
Sideways

Best Director
Martin Scorsese - The Aviator
Clint Eastwood - Million Dollar Baby
Taylor Hackford - Ray
Alexander Payne - Sideways
Mike Leigh - Vera Drake

Best Actor
Don Cheadle - Hotel Rwanda
Johnny Depp - Finding Neverland
Leonardo Dicaprio - The Aviator
Clint Eastwood - Million Dollar Baby
Jamie Foxx - Ray

Best Actress
Annette Bening - Being Julia
Catalina Sandino Moreno - Maria Full Of Grace
Imelda Staunton - Vera Drake
Hilary Swank - Million Dollar Baby
Kate Winslet - Eternal Sunshine of the Spotless Mind

Best Supporting Actor
Alan Alda - The Aviator
Thomas Hayden Church - Sideways
Jamie Foxx - Collateral
Morgan Freeman - Million Dollar Baby
Clive Owen - Closer

Best Supporting Actress
Cate Blanchett - The Aviator
Laura Linney - Kinsey
Virginia Madsen - Sideways
Sophie Okonedo - Hotel Rwanda
Natalie Portman - Closer

Best Original Screenplay
The Aviator
Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Hotel Rwanda
The Incredibles
Vera Drake

Best Adapted Screenplay
Before Sunset
Finding Neverland
Million Dollar Baby
The Motorcycle Diaries
Sideways

Best Animated Film
The Incredibles
Shark Tale
Shrek 2

Best Score
Finding Neverland
Harry Potter And The Prisoner Of Azkaban
Lemony Snicket's A Series Of Unfortunate Events
The Passion Of The Christ
The Village

Best Song
Accidentally In Love - Shrek 2
Al Otro Lado Del Río - The Motorcycle Diaries
Believe - The Polar Express
Learn To Be Lonely - The Phantom Of The Opera
Look To Your Path (Vois Sur Ton Chemin) - The Chorus


Os dados estão lançados, e espero pelos vossos comentários!

Ray

O que melhor que ver Jamie Foxx como Ray logo a seguir a ver Leonardo DiCaprio como Howard Hughes?
Para quem pensa que o sr Titanic representa muito bem em "The Aviator", compre logo de seguida o bilhete para ver "Ray".
Não só Jamie Foxx está muito melhor (grita Oscar em todo o filme) como mantém uma representação imaculada, sempre ao mesmo nível, ao se melhor nível. Jamie Foxx já tinha dado que falar, para quem está a par destas coisas da Sétima Arte em "Any Given Sunday" de Oliver Stone e neste ano pode ver a sua qualidade finalmente recompensada com um óscar.
Em relação a Ray, podem pensar que é muito grande (quase 3 horas), que pode ser muito secante, ou que podem simplesmente ler uma biografia de Ray Charles e têm o trabalho feito, mas na minha opinião é um filme para se ver e se gostar! Nem que seja apenas por Ray Charles, já que a realização, o argumento e mesmo a fotografia não estão no seu melhor, mas só de ver Ray Charles (e é quase literalmente vê-lo) compensa tudo o resto.
4 para Ray

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Só naquela de partilhar as angústias da madrugada

este raio de template não lida muito bem com palavras acentuadas. A esta hora já perdi toda a paciência para estar a corrigir defeitos na barra lateral por acentos agudos que o blog decide que devem ser "A" com til. Blogs rebeldes...
Peço desculpa se houver algum acento que me tenha faltado corrigir. Vou é dormir que isto são horas...

Outra mudança (a interna)

Cansei-me do visual do blog (era demasiado branco para o meu gosto e a gota de água foi a rebeldia da barra que era lateral e resolveu que deveria ser um rodapé) e resolvi retomar o anterior. Com algum esforço, porque não percebo muito disto, consegui recuperar a minha barra lateral com os links intactos (o copy/paste é uma arte...).

Mudança

Eis que acabo de entrar, como habitualmente, no site do "Público" e me deparo com uma mudança gráfica. Agradável à primeira vista, não sei ainda bem se mais funcional. Acho que é mesmo uma questão de hábito.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Os bebes nao vem do umbigo!

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à minha grande amiga Vera Monica (?) por me ter adicionado à lista de contribuidores deste pequeno grande blog. Vou tentar contribuir ao máximo para melhorar este blog e alargar os seus horizontes, como a vera disse e muito bem sou a maluca do cinema os meus posts devem cinjir-se essencialmente ao cinema.
Podem achar estranho este título, mas refere-se ao mais recente filme que vi Kinsey (que em português se lembraram de acrescentar Relatório) que para quem não sabe e sobre a vida de Albert Kinsey que dedicou grande parte da sua vida ao estudo do comportamento sexual de homens e mulheres, a diferença entre o que se faz e o que se diz que se faz.
Este estudo publicado em 1948 foi resultado de uma pesquisa nos EUA em que foram feitas centenas de entrevistas a diferentes individuos. O filme é um retrato mais ou menos preciso do que era a atitude das pessoas em relação ao sexo.
Penso que as pessoas deviam ver este filme e ver que o que nós tomamos como garantido nem sempre foi assim, pois havia realmente quem pensasse que os bebés nasciam dos umbigos, e que o sexo oral comprometia a possibilidade de ter filhos.
O filme não é uma obra de arte mas é sempre refrescante ver Liam Nesson num papel relativamente diferente do que estamos habituados a ver e Laura Linney sempre impecável nos principais papéis.
Nestas minhas "opiniões cinematográficas" vou usar uma escala de 0 a 5 e para este filme 3 penso que está adequado.
Espero que gostem (principalmente tu miguinha) e mal posso esperar para fazer um post sobre Constantine!

Bem-vindos

os dois novos membros do Port Moresby. O Pedro, cujo principal interesse é a música (esperam-se as suas críticas musicais), e a Margarida, viciada em cinema (fico também à espera das tuas críticas).
Espero também que o João aceite o convite para voltar a ser membro, e postar as suas teorias.

P.s.: E porque raio é que agora a barra lateral passou lá para o fundo dos posts todos?? Será possível que eu perceba tão pouco disto?! Ai, ai...

APELO URGENTE

Tenho que entregar, até 6ª feira, uma reportagem sobre o fenómeno dos jornais gratuitos em Portugal. Para isso, preciso de colaborações de pessoas que leiam esses jornais (ou que não leiam, por terem já uma opinião sobre eles), relativamente ao conteúdo dos jornais gratuitos (por exemplo, "Metro", "Destak", "Dica da Semana", "Jornal da Região") e também ao impacto desses jornais nas vendas dos restantes.
Se algum de vocês tiver uma opinião a dar, por favor comentei este post. Todas as opiniões e ajudas para esta reportagem são bem-vindas.

Rescaldo

Se ontem houve realmente um "homem da noite", esse homem foi Paulo Portas. No seu discurso enumerou tudo aquilo que fez mal e, como conclusão lógica a tirar desse percurso, decidiu abandonar a liderança do CDS/PP. Fez bem. Sai sem que ninguém lhe possa apontar o dedo dado que, no governo, geriu bem a pasta que lhe competia e na campanha eleitoral, não tendo cumprido os objectivos, saiu por decisão própria (logo, de cabeça erguida).
Santana Lopes devia ter-lhe seguido as pisadas mas está demasiado agarrado ao poder. Vai começar uma luta muito forte pelas presidenciais, o seu mais antigo desejo. Santana já era um perigo quando estava no poder, mas vai continuar um perigo se se recandidatar à liderança do partido no próximo congresso extraordinário. A sua sede de poder fez com que se esquecesse daquele a que chama de seu mentor, Sá Carneiro, que teria decerto tido uma atitude diferente.
Sócrates está obviamente de parabéns. A sua vitória, de tão expressiva, não pode ser vista como uma reacção aos erros da direita. Isso seria se ele tivesse ganho por uma margem pouco convincente. Mas uma maioria destas revela que ele também teve o seu mérito (embora eu ainda não saiba muito bem qual). No entanto, esteve muito mal no discurso de vitória, dirigindo-se ao partido e esquecendo aqueles que lhe tinham dado a maioria: o povo.
Louçã ficou demasiado feliz com o crescimento do BE (que é de louvar) mas que pouco conseguirá fazer face à maioria parlamentar do PS. É, com certeza, uma grande subida, e cada vez mais o BE deve ser encarado como uma força política em franca ascensão mas, face as circunstâncias, essa ascenção dilui-se, de certo modo, na ascenção de esqueda do PS.
Na esquerda, só Jerónimo se safou...como sempre, com o seu "low profile" e o seu discurso sempre às massas. A oposição que fará será forte, não tenho dúvidas, como lhe compete.
A vitória do PS é para ser festejada. A maioria absoluta não. Espero que Sócrates não esqueça a promessa que fez ontem de «por ter maioria absoluta, não ignorar as outras vozes». Para além disso, espero que cumpra o seu programa eleitoral e não se limite a acabar com todos os projectos iniciados pela direita, sem ter em conta a viabilidade que possa existir nuns quantos (porque a verdade é que, apesar de tudo, a direita teve alguns muito bons ministros).
Só agora li o programa eleitoral do PS (e, mesmo assim, não todo, dado que são 157 pp.). No geral, parece-me um programa com demasiadas medidas de concretização apenas a longo-prazo. Mas parece-me um bom programa. Vou estar atenta, à espera do seu cumprimento.

domingo, fevereiro 20, 2005

Million Dollar Baby

É um excelente filme.
Clint Eastwood soube que não deveria encostar-se ao sucesso de "Mystic River" e seguiu em frente, produzindo e realizando "Million Dollar Baby" (que em português tem o título de "sonhos vencidos", que não abona nada a favor do filme, na minha opinião).
O desempenho dos veteranos Clint Eastwood e Morgan Freeman é excelente mas a pérola do filme é, sem dúvida, Hilary Swank (não era mal pensado dar o óscar outra vez à rapariga...).
Não vou estar aqui a falar da história do filme, nem vou fazer comentários técnicos porque pouco percebo disso. Sou apenas uma espectadora que aprecia os filmes por aquilo que eles me despertam, pelo facto de me agradarem ou não. Realço apenas a constante voz off de Morgan Freeman, que percorre todas as cenas. O boxeur reformado é, assim, aquele que tudo sabe, que tudo vê, apesar de nem sempre estar presente.
Aconselho toda a gente a ver este filme (urgentemente). É cómico, sem ser patético; é comovente, sem ser lamechas... tem tudo na medida certa. Ah... e o final! Resistiram ao convencional e também por isso valeu a pena chegar ao fim.

Ficha técnica:
Título original: Million Dollar Baby
Realizador e Produtor: Clint Eastwood
Argumento: Paul Haggis (baseado numa história de F.X. Toole)
Com: Clint Eastwood (Frankie Dunn)
Morgan Freeman (Eddie Scrap)
Hilary Swank (Maggie Fitzgerald)
...
Site oficial: http://milliondollarbabymovie.warnerbros.com/home.html

sábado, fevereiro 19, 2005

Contraditória

A existência de um "the George Bush Center for intelligence". É estranho ver as palavras "George Bush" e "intelligence" numa frase sem um "not" ou qualquer outra partícula de negação a separá-las...

Dia de Reflexão

Hoje é dia de reflexão. Amanhã é dia de decisão.
Como será que os portugueses passam o dia de reflexão? No centro comercial, de fato de treino e sapatos, na maioria.
Não os imagino mesmo em reclusão espiritual, a reflectir sobre o futuro do seu país e sobre a importância do seu voto de amanhã... e acho bem que não o façam porque a ideia é um bocado ridícula! Aliás, depois de uma campanha eleitoral tão elucidativa, acho que o dia de reflexão podia bem ser só uma hora... não há muito em que pensar!
Basicamente hoje é um dia em que os telejornais não vão ter muito para dizer (vão falar, claro, do funeral do polícia morto na Cova da Moura), a TVI vai lançar mais umas suspeitas (sobretudo sobre o Carlos Cruz, agora que até lhe pôs um processo). Mas o chato é que não há almoços nem jantares-comício para relatar. Devem fazer sondagens, inquéritos de rua e coisas do género. É como se toda a "silly season" se condensasse no dia de reflexão.
Amanhã sim vão ter muito por onde escolher. Claro que o resto do mundo vai ser esquecido. Felizmente não vamos ter que ouvir falar na Casa Pia, no Apito Dourado ou no "menino azul" (já não há paciência...). Vamos ver os passeios matinais dos candidatos, a pastelaria onde comem o queque antes de ir votar... e chegamos à noite e à contagem dos votos. A parte emocionante.
E pronto, na segunda acordamos e temos um governo PS.

P.s.: Ai, ai... nunca mais chega a parte dos discursos do Santana Lopes e do Portas. Vou gostar tanto de vê-los com aquele ar de quem tenta disfarçar a derrota e fingir que "esteve quase lá"...

Euromilhões outra vez em Portugal...

Bolas... só eu é que não saio desta pobreza... oh vida!!
Se calhar devia começar a jogar...

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

"Eternal Sunshine of the Spotless Mind"

Acho que podia ver este filme 1000 vezes sem nunca me cansar. O argumento é brilhante, os desempenhos excelentes... tudo se conjuga na perfeição neste que é, para mim, um dos melhores filmes de sempre. E que prova a qualidade de Jim Carrey como actor (até eu, que antes o achava um cómico sem graça, fiquei impressionada).

O título do filme é retirado de um (longo) poema de A. Pope, do qual reproduzo em baixo a estrofe que importa:

"How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd;
Labour and rest, that equal periods keep;
"Obedient slumbers that can wake and weep;"
Desires compos'd, affections ever ev'n,
Tears that delight, and sighs that waft to Heav'n.
Grace shines around her with serenest beams,
And whisp'ring angels prompt her golden dreams.
For her th' unfading rose of Eden blooms,
And wings of seraphs shed divine perfumes,
For her the Spouse prepares the bridal ring,
For her white virgins hymeneals sing,
To sounds of heav'nly harps she dies away,
And melts in visions of eternal day."

(quem quiser ler o resto do poema, intitulado "Eloisa to Abelard", pode fazê-lo em http://www.monadnock.net/poems/eloisa.html)

Acho que todos os que viram o filme só podem ter gostado! Aqueles que ainda não o fizeram estão a perder tempo. Façam-no depressa!!

A evolução da linguagem, segundo João Marques

O meu João é um rapazinho cheio de boas ideias e sentido de humor. Para além disso, não há nenhum assunto sobre o qual ele não tenha uma opinião (esquisita) e sobre o qual não consiga elaborar uma teoria maluca.
A ultima vez que isto aconteceu foi precisamente ontem à noite. Estava eu, ele e o Pedro no café a conversar sobre a linguagem usada nas SMSs (e como nos irrita o "x" no lugar dos "ss") e sobre o facto de cada vez se usarem menos palavras ou letras para dizer a mesma coisa.
Aquela mente brilhante sai-se com o seguinte: «Acho que vamos chegar a um ponto em que um tipo recebe uma mensagem em branco e responde "sim, às 15h tou aí!"». É este o futuro da comunicação, para João Marques.

P.s.: percebi agora que as teorias do jop são todo um universo por explorar. Acho que vou deixar de me limitar a ouvi-las e assimilá-las (e acreditem que às vezes são bem complexas) e passá-las para posts porque algumas são puro e simples "serviço público"...

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Trabalho de Análise de Imagem - INTRODUÇÃO

Seinfeld - Como do nada se passa a ter tudo

Os pequenos nadas do dia-a-dia são rapidamente esquecidos. No entanto, é desses pequenos nadas que se constrói um dia, uma sucessão de dias, uma vida.
Seinfeld
é, assumidamente, uma série sobre o “nada”. É uma série contemporânea, sem pretensões a obra clássica ou de referência, que acabou por marcar uma geração e toda a década de 90.
Seinfeld
pega nos pequenos nadas que todos esquecem e junta-os para formar alguma coisa.
De uma perspectiva lógica, o “nada” é uma impossibilidade matemática. É também nessa perspectiva que o “nada” se aproxima do infinito, do “tudo”.
Tudo é sobre alguma coisa, quer falemos de um livro, de uma música, ou de uma série de TV. Não que Seinfeld não tenha um tema; o seu tema é “nada” (o que muito diferente de dizer que não tem tema nenhum).
Aludindo à crença na teoria do Big Bang, do nada passamos a ter tudo. E é do nada que nasce o todo que compõe os 180 episódios (divididos em 9 temporadas) de um programa de televisão que marcou uma década: Seinfeld.
O tema deste trabalho é precisamente a reflexão sobre como de “nada” se passa a ter tudo. Em Seinfeld, como se faz uma história, praticamente sem acção.
O “nada” está presente em todos os 180 episódios da série. No entanto, este estudo incidirá apenas sobre dois deles: “The Chinese Restaurant” (episódio 6 da 2ª temporada) e “The Parking Garage” (episódio 6 da 3ª temporada).
Porém, antes de partir para a análise dos dois episódios, é imperativo fazer uma breve análise de alguns dos aspectos mais importantes da série Seinfeld no seu todo.
O humor de Jerry Seinfeld, e da sua série, é um humor de observação, mais do que de situação. Seinfeld parte dos acontecimentos mais insignificantes do dia-a-dia e dá-lhes uma dimensão nova, primeiro decompondo e depois recompondo cada um dos momentos, naquilo que pode ser interpretado como uma tentativa de mostrar ao espectador que aquilo que ele toma como “pouca coisa” tem, na verdade, muita importância.
Cada episódio começa e termina sempre com cerca de um minuto de stand-up comedy de Seinfeld, a que se dá o nome de monólogo de abertura ou monólogo de fecho. Por vezes, como no caso dos dois episódios em estudo, o stand-up surge também a meio, como uma espécie de intervalo; Estes monólogos ajudam a reforçar a ligação entre o Jerry Seinfeld personagem da série e o Jerry Seinfeld real.
Uma das características que distingue Seinfeld das outras séries de “ficção” relaciona-se com o facto de as suas personagens serem “pessoas comuns ou reais” e não as personagens frequentemente idealizadas das séries de ficção, que pretendem conduzir o espectador para um mundo que não é, na verdade, o seu. As personagens centrais são Jerry Seinfeld (o protagonista que dá nome à série), George Costanza (seu amigo), Cosmo Kramer (vizinho de Jerry) e Elaine Benes (ex-namorada de Jerry).

Outra distinção que é possível fazer entre Seinfeld e a restante ficção sua contemporânea prende-se com o facto de, contrariamente ao habitual, as personagens, não possuem qualquer tipo de relação familiar ou de trabalho.

A fronteira que separa a realidade da ficção, em Seinfeld, é constantemente atenuada e até transposta. Um exemplo claro dessa situação é o episódio “The Pilot” onde Jerry e George tentam convencer a NBC e produzir uma série chamada “Jerry”, que os próprios descrevem como “uma série sobre nada”. Esta situação assemelha-se ao nascimento da série Seinfeld, quando Jerry Seinfeld e Larry David, os criadores, acordaram com a NBC a produção de Seinfeld, “uma série sobre nada”.

O facto de violar constantemente as convenções da ficção tradicional levou muitos críticos a caracterizarem Seinfeld como sendo uma série “pós-moderna”.

A série é frequentemente caracterizada como sendo o reflexo da «cultura auto-obsessiva» dos anos 90, por muitos considerado o auge do individualismo. Entre outros aspectos, essa característica pode relacionar-se com o facto de todas as personagens viverem sozinhas, tendo apenas relacionamentos ocasionais, não havendo, portanto, nenhum relação ou preocupação com o outro.
No início, em 1989, a série quase não tinha audiência. Ao longo dos 9 anos de exibição, Seinfeld criou uma comunidade de fãs que culminou, em 1998, com o último episódio a atingir uma audiência estimada de 76 milhões de pessoas. Mesmo volvidos quase 7 anos, a série parece ter resistido e estar ainda muito em voga, com o lançamento das primeiras 3 temporadas em DVD a atingir vendas altíssimas.
O público-alvo da série é descrito por Bruce Frett’s como “TV-literate, demographically desirable urbanites, for the most part – who look forward to each weekly episode in the life of Jerry with a baby boomer generation’s self-involved eagerness” (1).

Acima de tudo, importa frisar que, numa época de grande homogeneidade, onde se dá ao público o que o público quer, onde muitas vezes os interesses económicos impedem que se corram riscos, que se aposte na criatividade, Seinfeld prima pela novidade e pela diferença. Quebrando todos os cânones e não possuindo qualquer história de base, construiu uma série coerente e marcante que, não procurando nada além do mais simples humor, conseguiu alcançar uma dimensão quase filosófica: uma reflexão sobre o nada, as grandes pequenas coisas da vida. Uma reflexão descontraída e despretensiosa, mas não menos densa e complexa do que qualquer outra.

(1) FRETTS, Bruce. The Entertainment Weekly Seinfeld Companion, Warner Books, 1993. ISBN: 0446670367.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Dito

«Qualquer governo que saia das eleições terá muito menos influência que aquela que ele mesmo sabe não ter.»

João César das Neves in Diário de Notícias

Vocês


Uns mais outros menos, a verdade é que este pessoal me atura todo e só por isso merecem o céu. O céu não vos posso dar mas Port Moreby é, para mim, um paraíso e, portanto, ofereço-vos um cantinho do meu paraíso.

Desculpa, bixu!! Eu até me lembro que tu existes...


Na foto do jantar sectário, esqueci-me de referir que o meu bixu não aparece porque está a tirá-la. A pipinha ficou sentida (e eu a fingir que tenho pena...) por isso fica aqui a foto dela, a provar que sim ela existe (não é um bixu inventado) e estava no jantar!!
E tanto que eu gosto deste bixu!! Pena ela ser dos Algarves e passar lá as férias (vá-se lá saber porquê...)!
Pronto, Filipa do meu coração, assim já ficas com um post inteirinho para ti e acho que fico perdoada por não te ter mencionado no post do jantar! love you...

terça-feira, fevereiro 15, 2005

The Hitchhikers's Guide to the Galaxy

Vejam o trailer do filme baseado na trilogia de Douglas Adams. Está disponível em vários sites, como por exemplo: http://hitchhiker's.movies.go.com/main.html. No mesmo site, aproveitem para consultar alguns dos links que ele se refere como o H2G2 ou o site dedicado a Douglas Adams.

O filme é realizado por Garth Jennings e é interpretado, entre outros, por Sam Rockwell.

Já se despachavam a estrear isto, pá...

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Ai, ai...


Isso é que eu e o meu amor tivémos um dia bonito...
Também acho que o dia dos namorados é "a lamechice" e até já combinámos acabar com essa história das prendas só porque é dia (mas agora só para o ano porque a minha prenda já cá canta!!), mas a verdade é que é sempre uma boa desculpa para ir passear e fugir à rotina...
A foto não é de hoje, até porque hoje não tirámos nenhuma os dois, mas fica aqui guardada no meu cantinho de Port Moresby, na caixinha do dia 14/Fevereiro, para me lembrar de mais este maravilhoso dia contigo.

P.s.: Este post também é "a lamechice". Mas eu hoje estou assim, não há nada a fazer!

sábado, fevereiro 12, 2005

World Press Photo 2004


Fotografia de Arko Data, vencedor do World Press Photo 2004

Esta fotografia mostra uma mulher junto ao corpo de um familiar vitima do Tsunami asiático.
O autor da foto é o indiano Arko Datta, da agência noticiosa Reuters.
A foto foi tirada na aldeia de Cuddalore, na Índia, a 28 de Dezembro de 2004.
Esta fotografia foi considerada vencedora de entre um conjunto de 69190 fotos enviadas a concurso.
A exposição World Press Photo 2004 vai estar presente em Portugal, como habitual, no Centro Cultural de Belém, de 8 de Setembro a 2 de Outubro de 2005.
Enquanto a data não chega, pode ser consultada a exposição parcial em www.worldpressphoto.nl

Praga - República Checa


Isto sou eu a sonhar... ou então pode ser que não... quem sabe?
A verdade é que estou entusiasmada com a ideia e vou investir nela.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Dúvidas (1)

Acho que começo a concordar com aquela ideia, para a qual nunca encontrei grande fundamento (nos dias de hoje, claro) de o voto ser secreto. Achava que, actualmente, era uma coisa que não fazia sentido e que, levada a extremos, podia ate entrar em conflito com uma certa forma de liberdade de expressão.
Assim sendo, e como sempre gostei de conversar sobre política, nunca fiz questão de esconder as minhas intenções de voto (mesmo quando eram só intenções, dado que não podia votar).
No entanto, acho que estou a abandonar progressivamente essa minha ideia. Talvez o voto deva ser secreto, sim.
Nunca o consegue ser totalmente pois uma pessoa inteligente percebe, pela conversa, as intenções da outra. Mas a questão é que me tenho apercebido de que a afirmação do voto, clara e sem rodeios, pode levar a uma certa intolerância, mascarada de outras coisas.
O voto é de cada um, e cada um vota de acordo com a sua consciência. Aqueles que votam diferente de mim não são mais ou menos inteligentes do que eu, não querem coisas melhores nem piores para o país. Apesar de votarmos de formas diferentes, queremos todos o mesmo e votamos para um projecto comum. A ideia errada aqui é a de que um projecto comum não se constrói com vozes discordantes.
Eu compreendo o cepticismo político de muita gente («o governo vai para lá para fazer coisas e a função da oposição é destruí-las»). Compreendo o que leva muita gente a pensar assim. Mas não posso discordar mais.
Felizmente, conheço muita gente e muita gente de partidos diferentes. Alguns compreendem perfeitamente o que digo, outros nem tanto. E assim se criam confusões.
Acho mesmo que vou deixar de assumir tão claramente as minhas posições.

«Se não aconteceu, podia ter acontecido»


Estreia hoje, às 24 horas, na SIC, a versão televisiva do suplemento satírico do Jornal Público, O Inimigo Público.
O Inimigo Público sai às sextas-feiras com o jornal Público e é, para mim, neste momento, aquilo que de melhor se faz em Portugal, em termos de humor.
A equipa é a das Produções Fictícias, responsável pelo bom humor em Portugal (e não falo daqueles programas de colagem de anedotas). Falo do fenómeno Gato Fedorento (que só aceito que os mais desatentos possam negligenciar porque, quem vê, não pode ficar indiferente), do programa Contra-Informação, do subestimado O Programa da Maria, enfim... de muitas coisas que provam que Portugal é capaz de criar bom material, sem ter que recorrer a imitações de programas estrangeiros.
Hoje estreia, portanto, o formato televisivo de um suplemento que já se tornou leitura obrigatória para muitos (até já tem um livro, com um ano de Inimigo Público).
A ideia base do Inimigo Público é, inspirando-se em acontecimentos verdadeiros, criar notícas falsas e completamente descabidas (não vou dar exemplos, comprem o Público á 6ª feira. Garanto que vale muito a pena).
O slogan do suplemento é: «se não aconteceu, podia ter acontecido». E a verdade é que, quando acabo de ler o Inimigo Público e começo a ler as notícas do jornal Público (as tais que realmente aconteceram), já houve vezes em que me ri, por ter a nítida sensação de estar a ler uma notícia do Inimigo.
A culpa também não é só deles. Este mundo é que às vezes também parece ficção.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

O último jantar sectário, a 03 de Fevereiro/05


Pessoal dos jantares sectários, ainda só passou uma semana e, se bem que até é bom não ter aulas, já tenho saudades vossas.
Hoje de manhã, ao visitar o fotolog da minha Pati (a primeira a contar da esquerda), deparei-me com esta fotografia e lembrei-me dos nossos jantares (e depois, com a legenda dela, lembrei-me dos lanches no pn antes de Linguagem dos Media, dos almoços na cantina, enfim...).
Até que enfim tenho uma turma decente e consegui reunir um grupo de amigos na faculdade. Nunca é tarde.
Ah, de frisar que nesta fotografia faltam alguns elementos da equipa dos jantares sectários (Tito, Cátia, Catarina e Andreia).

O que é que se passa aqui (1)?

Que este país é um Carnaval constante até já se tornou um cliché dizer. Mas levar as coisas ao ponto a que estão a ser levadas com esta campanha eleitoral é capaz de ser um bocado demais.

Ponto 1. O sr. Jardim tem-se mostrado um bocado inconstante. Na mesma conversa, Cavaco Silva começa como sendo o "Sr. Silva", que aposta na maioria absoluta do PS. Mais à frente, medindo a possibilidade de tal não ser verdade, passa a ser o "Doutor Cavaco Silva". Eu gostava de ver aqui alguma coerência, mas parece que é melhor desistir.
Não concordo com 99% das coisas que diz Manuel Monteiro, mas uma coisa me ficou como muito acertada: já se dava era a independência à Madeira! O sr. Jardim não leva a vida a dizer que não precisa do continente para nada?! Eu queria mesmo ver isso...

Ponto 2. A TVI - essa bela estação - iniciou ontem um ciclo de entrevistas (e friso: entrevistas) aos líderes dos principais partidos políticos. O primeiro foi Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda (BE). A "entrevistadora" foi a editora de política da estação, Constança Cunha e Sá.
Os meus parêntesis e as minhas aspas neste ponto são resultado da minha incredulidade perante a situação a que assisti ontem, à sagrada hora do meu jantar.
A TVI já nos tem habituado ao mau jornalismo (a mim ninguém me convence de outro mérito da Manuela Moura Guedes que não seja o de estar casada com o senhor Director), mas ontem fiquei espantada porque aquilo que deveria ter sido um espaço de entrevista para esclarecer os espectadores a respeito das propostas de cada partido, se trasformou num ataque constante e em directo ao líder do BE. A senhora Constança mostrava mesmo sinais de muita irritação, como se ali existisse uma amizade com o paulinho popular ou algum chegado a este.
A senhora Constança deveria conhecer (e usar) os mais básicos princípios do jornalismo. Só para citar um deles: a objectividade.
A preferência partidária da senhora Constança deveria ter ficado lá fora, no momento em que assumiu o papel de entrevistadora.
Assisti, assim, ontem, a alguns minutos (que me pareceram demais) de bombardeamento de insinuações sem sentido, sem qualquer rigor jornalístico (lá porque se apontam citações não quer dizer que se saiba usá-las no contexto certo) e sem qualquer fundamento.
Sendo na TVI, eu já nem pedia muito... era só deixarem os convidades falar sem os interromper a cada 5 segundos...
Vamos ver como correm os próximos.

sábado, fevereiro 05, 2005

2º Festival de Cinema Alemão

Está quase a acabar, mas acho que ainda vou a tempo de fazer referência ao 2º Festival de Cinema Alemão que está a decorrer no cinema King, em Lisboa.
Começou no dia 2 de Fevereiro e vai terminar já no dia 9.
Este festival é o resultado de uma colaboração entre o Goethe-Institut e a Medeia Filmes e vai exibir filmes inéditos no circuito comercial.
Vale mesmo o pena até porque os alemães já mostraram várias vezes que, mesmo com orçamentos baixíssimos, conseguem pôr Hollywood a um canto!
Da minha parte, conto aproveitar o festival para ver "Learning to lie", de Hendrik Handloegten e/ou "The Edukators", de Hans Weingartner.
Ah, os bilhetes custam €3.50.

Infos.:

Goethe-Institut
21 882 45 10
info@lissabon.goethe.org
www.goethe.de/wm/lis

Medeia Filmes
21 848 08 08
geral.medeia@medeiafilmes.com
www.medeiafilmes.pt

Da objectividade

«Não há jornalismo sem moral. Todo o jornalista é um moralista. É absolutamente inevitável. Um jornalista é alguém que observa o mundo e o seu funcionamento, que diariamente o vigia de muito perto, que dá a ver e a rever o mundo, o acontecimento. E não consegue fazer este trabalho sem julgar o que vê. É impossível. Por outras palavras, a informação objectiva é um logro total. Uma impostura. Não há, de facto, jornalismo objectivo. Consegui desembaraçar-me de muitos preconceitos, dos quais este é, em minha opinião, o principal. O de acreditar na objectividade possível do relato de um acontecimento.»

DURAS, Marguerite. Outside - notas à margem, Lisboa, Difel, 1994. P. 7

Às vezes, tenho dúvidas. Se calhar, até acredito nisto...

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Britânico manda sms durante o sono

Um jovem britânico descobriu que manda mensagens de texto via telemóvel durante o sono. Richard Griffiths, de 23 anos, chegou a enviar uma sms na sequência de um pesadelo e, apesar de admitir ser viciado neste tipo de mensagem, mostra-se surpreendido com o novo hábito.
Há cerca de ano e meio o jovem enviou uma mensagem à mãe às duas da manhã. Alguns meses depois, mandou uma sms a uma amiga dizendo «Socorro, estou a ser perseguido». Assustada, Ashley Jones, telefonou para ver o que se passava e acordou Griffiths.
Noutra mensagem, o jovem referiu-se ao filme «O Livro da Selva», que tinha visto durante essa tarde, dizendo «Balu, viste a Baguera?».
De acordo com um especialista em problemas do sono, o problema é inédito, mas perfeitamente plausível, e «possivelmente um sinal dos tempos modernos».
in Diário Digital